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Guerra na Ucrânia:

Guerra na Ucrânia: Zelensky no G7 aumenta pressão dos EUA e Europa sobre Lula


O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, desembarcou, de supresa, em Hiroshima, no Japão, neste sábado (20), para participar da cúpula do G7 e pressionar países fora do grupo que também foram convidados para o evento, como o Brasil, a declarar apoio à Ucrânia na guerra com a Rússia.

O governo da Ucrânia pediu ao Ministério das Relações do Brasil um encontro entre Zelensky e Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, até a publicação desta reportagem, o Itamaraty não havia dado resposta aos ucranianos, que fizeram o mesmo pedido para os líderes dos outros países convidados. A cúpula termina neste domingo (21).

Todos os países que integram o G7 já condenaram veementemente o líder russo Vladimir Putin pela invasão ao território ucraciano. O grupo vem dando apoio militar à Ucrânia, além de impor sanções à Rússia. Já Lula chegou a igualar o agressor ao oprimido e se viu obrigado a recuar diante da pressão dos Estados Unidos e de países europeus.

O presidente francês Emmanuel Macron afirmou que presença do colega ucraniano na cúpula do G7 "pode ??ser uma virada de jogo". Aliás, Macron designou um avião para levar Zelensky e comitiva a Hiroshima e os recebeu logo após chegarem à cidade japonesa.

Macron disse ao presidente da Ucrânia que a viagem para encontrar aliados do G7 e nações em desenvolvimento convidadas, como Brasil e Índia, é uma "oportunidade única" para "expressar sua situação, transmitir sua mensagem e compartilhar sua visão".

Pouco antes, Macron esteve com Lula, quando, entre outros temas, trataram da guerra na Ucrânia, mas nenhum dos dois governos deu detalhes da conversas.

Ainda neste sábado, Lula e o presidente da Indonésia, Joko Widodo, reforçaram, em encontro bilateral do G7, a posição de neutralidade em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia. O líder indonésio disse ter a mesma posição do Brasil ao afirmar que o mundo precisa de paz e que esteve no passado tanto com o presidente russo quanto com o ucraniano para discutir o problema da segurança alimentar global com os dois países, grandes exportadores de grãos.

Por outro lado, o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse, também neste sábado, que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deseja se encontrar com Lula para falar sobre a guerra da Ucrânia durante a cúpula do G7. A agenda de Lula divulgada pelo governo brasileiro para o domingo não prevê a reunião com o líder norte-americano.

Além de Lula, Sullivan afirmou que Biden também deseja conversar com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, sobre o mesmo assunto. Modi se reuniu com Zelesnky neste sábado. O presidente ucraniano pediu que o governo indiano deixe a posição de neutralidade e reconheça a violação do território da Ucrânia pela Rússia.

Em discurso, Lula falou sobre a guerra, mas sem citar a Rússia

Em discurso na sessão de trabalho do G7, neste sábado, Lula pediu uma reforma no Conselho de Segurança da ONU e a necessidade de os países acelerarem medidas para "garantia de paz, de desenvolvimento sustentável, de direitos dos mais vulneráveis e de proteção do planeta. Antes que seja tarde demais".

"O mundo hoje vive a sobreposição de múltiplas crises: pandemia da Covid-19, mudança do clima, tensões geopolíticas, uma guerra no coração da Europa, pressões sobre a segurança alimentar e energética e ameaças à democracia", disse o presidente brasileiro.

No entanto, em relação à guerra, ele não mencionou a Rússia. Para o enfrentamento das crises mundiais, incluindo o conflito no leste europeu, o petista defendeu ser preciso derrubar mitos, mudar mentalidades e abandonar "paradigmas que ruíram".

"O mundo hoje vive a sobreposição de múltiplas crises: pandemia da covid-19, mudança do clima, tensões geopolíticas, uma guerra no coração da Europa, pressões sobre a segurança alimentar e energética e ameaças à democracia. Para enfrentar essas ameaças é preciso que haja mudança de mentalidade. É preciso derrubar mitos e abandonar paradigmas que ruíram", afirmou Lula.

Todos os países do G7 – o Brasil participa como convidado do encontro dos países mais ricos do planeta – apoiam a Ucrânia, inclusive com sanções à Rússia. O presidente ucracinao, Volodymyr Zelenski, chegou a Hiroshima neste sábado. Ele pediu uma reunião bilateral com Lula, que diz adotar uma postura de neutralidade na guerra. O brasileiro não havia dado resposta até a publicação desta reportagem.

Lula fez o discurso na sessão "Trabalhando Juntos para Enfrentar Múltiplas Crises", em que se sentou entre Joe Biden e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.

(Com Estadão Conteúdo)

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