A presidente da Universidade de Harvard, Claudine Gay, renunciou na terça-feira, em meio a acusações de plágio e críticas ao seu depoimento em uma audiência no Congresso. A renúncia ocorreu poucos meses após o início de seu mandato e foi anunciada por meio de uma carta à comunidade de Harvard.
No mês passado, Gay, juntamente com os presidentes do MIT e da Universidade da Pensilvânia, enfrentou críticas por suas respostas a perguntas da deputada de Nova York, Elise Stefanik, durante uma audiência no Comitê de Educação e Força de Trabalho da Câmara dos Deputados. Stefanik questionou se "apelar ao genocídio dos judeus" violaria o código de conduta das universidades.
Durante a audiência, Gay não afirmou inequivocamente que tais apelos violariam as políticas de conduta da universidade, o que gerou reações negativas de legisladores republicanos, alguns democratas e da Casa Branca.
Posteriormente, Gay pediu desculpas e reconheceu que não relatou adequadamente ameaças de violência contra estudantes judeus durante a audiência. As críticas e controvérsias relacionadas à sua resposta trouxeram repercussões negativas para seu mandato em Harvard.
O Rabino David Wolpe renunciou a um comitê sobre antissemitismo criado por Gay, alegando falta de compromisso com a verdade. A Comissão da Câmara anunciou que investigará políticas e procedimentos disciplinares em Harvard, MIT e Penn.
Além disso, Claudine Gay enfrenta acusações de plágio em relação à sua dissertação de 1997. Ela planeja submeter correções após um comitê de investigação identificar erros de citação. Gay atuava como reitora da Faculdade de Artes e Ciências de Harvard desde 2018, e sua renúncia ocorre em meio a uma série de desafios e críticas.
Gazeta Brasil