Um general de alta patente da Guarda Revolucionária Iraniana foi morto em um ataque aéreo na Síria na segunda-feira, segundo a mídia estatal iraniana, que atribuiu o bombardeio a Israel.
O Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica confirmou a morte de Razi Moussavi em um comunicado, afirmando que ele morreu em um "ataque com mísseis". Moussavi era um dos conselheiros mais experientes do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica na Síria, ativo no fornecimento de apoio logístico ao eixo da resistência na região, referindo-se a grupos apoiados pelo Irã e alinhados contra Israel.
A televisão estatal iraniana interrompeu seu noticiário habitual para anunciar a morte de Moussavi, destacando que ele foi um dos companheiros de Qassem Soleimani, o chefe da Força Quds da Guarda, morto em um ataque de drones dos EUA no Iraque em 2020.
Israel não comentou imediatamente os eventos. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, uma entidade baseada no Reino Unido, relatou ataques israelenses na segunda-feira contra posições usadas por grupos iranianos e pelo Hezbollah libanês, alinhado com Teerã, na área de Sayyida Zeinab, onde ocorreu o ataque.
Israel lançou centenas de ataques aéreos na Síria desde o início da guerra civil em 2011, visando forças apoiadas pelo Irã, combatentes do Hezbollah e posições do exército sírio. Recentemente, aumentou os ataques, especialmente contra o Hezbollah, em resposta aos ataques do Hamas, apoiado pelo Irã, desencadeados pelos ataques mortais do grupo palestino em 7 de outubro. O Irã, que apoia financeira e militarmente o Hamas, saudou os ataques, negando qualquer envolvimento direto, mas afirmou que foram bem-sucedidos. O Irã não reconhece Israel e mantém o apoio à causa palestina como parte central de sua política externa desde a revolução islâmica de 1979.
Gazeta Brasil