Em comunicado, a Anvisa destacou que o estudo da OMS não tem como objetivo rever o perfil de segurança dos adoçantes sem açĂșcar. "A recomendação é condicional, jĂĄ que hĂĄ necessidade de reunir mais informações sobre as consequĂȘncias versus os benefĂcios da sua adoção, sugerindo aos paĂses que ampliem a discussão em seus territórios, incluindo dados sobre a extensão de consumo dessas substâncias pela população nacional".
"É importante destacar que o uso de adoçantes no Brasil deve ser autorizado pela agĂȘncia, que realiza avaliações de segurança desses produtos. A anĂĄlise é realizada com base nas diretrizes do ComitĂȘ de Especialistas em Avaliação de Segurança de Aditivos Alimentares da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e da OMS."A recomendação da OMS é baseada em resultados de uma revisão sistemĂĄtica de evidĂȘncias disponĂveis que sugerem que o uso de adoçantes sem açĂșcar não confere nenhum benefĂcio a longo prazo na redução da gordura corporal em adultos ou crianças. A lista inclui aspartame, sacarina, sucralose, stevia e derivados.
Os resultados da revisão, segundo a organização, também sugerem que pode haver efeitos potenciais indesejĂĄveis provenientes do uso prolongado de adoçantes, como risco aumentado de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e mortalidade em adultos.
Ainda de acordo com a entidade, o ato de substituir o açĂșcar por adoçantes não ajuda no controle de peso a longo prazo. A OMS pede que as pessoas considerem outras formas de reduzir a ingestão de açĂșcar, como consumir frutas e outros alimentos naturalmente adoçados, além de alimentos e bebidas sem nenhum tipo de açĂșcar.
"A recomendação se aplica a todas as pessoas, exceto indivĂduos com diabetes pré-existente, e inclui todos os adoçantes sintéticos, naturais ou modificados que não são classificados como açĂșcares encontrados em alimentos e bebidas industrializados ou vendidos separadamente em alimentos e bebidas."
Fonte: AgĂȘncia Brasil