O presidente da Guiana, Irfaan Ali, confirmou nesta quinta-feira que cinco das sete pessoas a bordo de um helicóptero militar, desaparecido no disputado Essequibo, próximo à fronteira com a Venezuela, morreram após a queda a 48 quilômetros a leste do destino previsto. Outros dois sobreviveram, segundo anunciado pelas Forças Armadas do país.
"Meu coração dói e se afoga em tristeza pela trágica perda de alguns de nossos melhores homens uniformizados. A magnitude desta perda para as famílias, para o nosso país, para o Exército e para mim pessoalmente é imensurável", afirmou em mensagem no seu perfil oficial no Facebook.
Uma unidade especial do Exército chegou ao local do acidente nesta quinta-feira por volta das 14h30 (horário local) e conseguiu recuperar os corpos dos passageiros que estavam dentro do aparelho, certificando que apenas duas pessoas estavam vivas.
"A próxima fase da operação inclui a extração da área, seguida do início da investigação do incidente. As Forças de Defesa da Guiana fornecerão mais informações quando necessário", afirmou o Exército em comunicado.
O helicóptero militar foi dado como desaparecido – com quatro passageiros e três tripulantes a bordo – na quarta-feira no disputado Essequibo, território que Caracas reivindica como seu, quando se dirigia da base de Ayanganna para Arau.
As autoridades da Guiana alertaram anteriormente que a operação de busca e salvamento foi complicada devido às condições meteorológicas "adversas" na área.
O Exército Brasileiro intensificou a presença de militares e armamento na fronteira do Brasil com a Venezuela em Pacaraima, cidade brasileira que faz fronteira com o país vizinho.
A medida ocorre diante da tensão política entre Guiana e Venezuela na disputa pela região de Essequibo.
O reforço de tropas e meios de emprego militar também ocorre em Boa Vista, capital de Roraima.
A Venezuela aprovou no último domingo (3) a proposta do governo para criar um novo estado em Essequibo, região que engloba 70% do território da Guiana e é disputado pelos dois países.
A região é rica em petróleo e é alvo de disputa histórica.
Gazeta Brasil