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Ministro das Comunicações

Ministro das Comunicações é acusado de favorecer amigo com concessão de retransmissoras de TV


Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O ministro das Comunicações Juscelino Filho, que já esteve envolvido em diversos escândalos desde que assumiu o cargo, voltou a ser notícia nesta terça-feira (29), após o jornal O Estado de São Paulo revelar que ele concedeu 31 concessões de retransmissoras de TV a um empresário de seu núcleo político.

A beneficiada foi a TV Difusora, empresa maranhense do advogado Willer Tomaz de Souza, compadre do senador Weverton Rocha (PDT-MA), aliado de primeira hora do ministro e um dos responsáveis por sua indicação ao cargo.

Segundo o Estadão, 27 das 31 concessões são para municípios localizados na Amazônia Legal. Nesses casos, a legislação permite que o canal de TV transmita publicidade local, o que aumenta sua rentabilidade.

As autorizações são concedidas pelo governo sem custos e, na prática, aumentam o valor comercial da empresa. Além disso, o avanço da cobertura da TV Difusora no estado pode facilitar a promoção política do ministro e de seus aliados.

Quando Juscelino foi nomeado pelo presidente Lula em janeiro deste ano, a emissora já o havia saudado como "querido".

"A TV Difusora está sempre de portas abertas. Qualquer informação que o Ministério queira divulgar, é só entrar em contato conosco, que nós estamos à disposição", afirmou um apresentador da emissora à época.

Em resposta à reportagem do Estadão, Willer Tomaz disse que os questionamentos serão respondidos pelos órgãos competentes.

O advogado já foi descrito pela emissora como "acionista" do grupo e como presidente do Conselho do Sistema Difusora. No entanto, na Receita Federal, quem aparece no controle da Difusora é a irmã de Willer, Christine Tomaz.

Segundo a reportagem, pelo menos sete pedidos de concessão foram assinados por Christine.

O departamento do Ministério das Comunicações que cuida das análises dos pedidos de concessão é comandado pelo advogado Antonio Malva Neto, que, segundo o Estadão, é ex-sócio de Willer Tomaz e ex-assessor parlamentar do senador Weverton Rocha.

Advogados, engenheiros e especialistas consultados pelo Estadão afirmaram que a tramitação dos processos de concessão é lenta e está sujeita à influência política.

O que diz o Ministério das Comunicações:

Em esclarecimento às recentes matérias veiculadas acerca de suposto favorecimento na liberação de outorgas de retransmissão de televisão, pontuamos:

Gazeta Brasil

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