A porta-voz do gabinete do primeiro-ministro de Israel, Eylon Levy, informou nesta quarta-feira que o governo estima que ainda haja 149 reféns cancelados pelo Hamas após seis dias de trégua. Segundo esses cálculos, quinze deles são estrangeiros, embora muitos dos cativos israelenses tenham dupla nacionalidade, explicou Levy. O total inclui 126 homens e 23 mulheres, sendo quatro crianças com menos de 18 anos, quatro entre 18 e 19 anos e 10 pessoas com 75 anos ou mais, de acordo com o Wall Street Journal.
Levy afirmou que Israel está comprometido em trazer todos os reféns de volta, seja durante a atual pausa na trégua ou mediante mais pressão. Por outro lado, uma fonte do gabinete do primeiro-ministro anunciou que Israel iniciará o Hamas para libertar, como parte do acordo atual, as mulheres e menores que permanecerão sequestrados, antes de expandir quaisquer negociações relativas a homens adultos e soldados.
A fonte afirmou que há um acordo que se refere a crianças e mulheres. "Conhecemos os nomes de todas as crianças e mulheres que estão na Faixa de Gaza", disse a fonte, rejeitando a versão do Hamas de que não sabe onde estão algumas dessas pessoas. A fonte sublinhou que não deixarão essas mulheres e crianças entregues à sua sorte para discutir um novo acordo que também seria violado da mesma forma, referindo-se aos israelitas feitos reféns que ainda não foram libertados.
Israel e o Hamas concordaram com uma trégua de quatro dias na semana passada, que entrou em vigor na sexta-feira e foi prorrogada na segunda-feira. Essa trégua chega ao fim hoje, a menos que as partes consigam chegar a um acordo sobre outra prorrogação, enquanto a comunidade internacional exige um cessar-fogo, algo que o lado israelense elimina.
Nas últimas horas, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, alertou que o Exército, além de estar "fazendo tudo ao seu alcance para devolver todos os reféns", também está "pronto para retomar os combates imediatamente". Durante esses dias de trégua, cerca de 80 reféns foram libertados, não apenas israelenses, mas também de outros lugares como a Tailândia, as Filipinas ou a Rússia. Em troca, Israel libertou 180 palestinos, a maioria deles menores e mulheres.
A tomada de reféns pelo Hamas ocorreu em 7 de outubro, numa experiência sem precedente em território israelense próximo à Faixa de Gaza, que também deixou 1.200 mortos. Em resposta, Israel tem bombardeado diariamente o enclave palestino, resultando em 15 mil vítimas.
Fonte: Gazeta Brasil