O bilionário Charlie Munger, o sábio investidor que fez fortuna antes mesmo de se tornar o braço direito de Warren Buffett na Berkshire Hathaway, morreu aos 99 anos.
A morte de Munger foi anunciada nesta terça-feira pela Berkshire Hathaway, conglomerado que ele ajudou a construir ao lado de Buffett. A empresa disse que Munger morreu pacificamente em um hospital da Califórnia.
"A Berkshire Hathaway não poderia ter chegado ao seu status atual sem a inspiração, a sabedoria e a participação de Charlie", disse Buffett em comunicado.
No início de 2023, sua fortuna era estimada em US$ 2,3 bilhões, uma quantia impressionante para muitas pessoas, mas muito menor do que a fortuna insondável de Buffett, que é estimada em mais de US$ 100 bilhões.
Durante a assembleia anual de acionistas da Berkshire em 2021, Munger, então com 97 anos, aparentemente revelou inadvertidamente um segredo bem guardado: que o vice-presidente Greg Abel "manteria a cultura" após a era Buffett.
Munger, que usava óculos grossos, perdeu o olho esquerdo após complicações de uma cirurgia de catarata em 1980.
Munger foi presidente e CEO da Wesco Financial de 1984 a 2011, quando a Berkshire de Buffett comprou as ações restantes da empresa de seguros e investimentos com sede em Pasadena, Califórnia, que não possuía.
Buffett atribuiu a Munger o alargamento de sua estratégia de investimento, passando de favorecer empresas em dificuldades a preços baixos, na esperança de obter lucro, para se concentrar em empresas de maior qualidade, mas subvalorizadas.
Um dos primeiros exemplos da mudança foi ilustrado em 1972 pela capacidade de Munger de persuadir Buffett a aprovar a compra da See"s Candies pela Berkshire por US$ 25 milhões, apesar de o fabricante de doces da Califórnia ter lucros anuais antes de impostos de apenas cerca de US$ 4 milhões. Desde então, produziu mais de US$ 2 bilhões em vendas para a Berkshire.
Fonte: Gazeta Brasil