A fronteira entre Gaza e o Egito amanheceu novamente fechada neste sábado para a saída de estrangeiros, incluindo os brasileiros que estão retidos na região há mais de um mês. A violência contra hospitais e o impasse para a saída de ambulâncias estão entre os principais motivos para o novo capítulo da crise.
Na sexta-feira, os brasileiros finalmente entraram na lista de nomes das pessoas que poderiam deixar Gaza. No entanto, enquanto se dirigiam à fronteira, um impasse entre Israel, Egito e o Hamas novamente fechou a passagem.
Pelas regras do acordo que existe para a saída de pessoas de Gaza, a prioridade é dada para as ambulâncias que transportam feridos. Nos últimos dias, Israel acusou o Hamas de tentar esconder seus membros nas ambulâncias e o acordo foi suspenso.
Ontem, a pendência para a abertura da fronteira foi a autorização para que ambulâncias passem primeiro com os feridos para serem tratados no Egito. Na sexta-feira, apenas cinco pessoas passaram, e dezenas ficaram retidas no norte de Gaza.
Notícias de forte presença militar israelense e combates contra o grupo terrorista Hamas ao redor de hospitais impediram a saída de ambulâncias, sempre em coordenação com Israel e o Comitê Internacional do Crescente Vermelho.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou que o maior hospital de Gaza está sob ataque. O local abriga 50 mil pessoas, que tentavam fugir de bombas. Enquanto isso, o novo levantamento diário da ONU revela que 20 dos 36 hospitais da região já fecharam suas portas, enquanto a violência contra aqueles que tentam fugir aumenta.
O governo brasileiro está em contato com as autoridades de Israel, Egito e Hamas para tentar garantir a saída dos brasileiros o mais rápido possível. No entanto, a situação é complexa e não há previsão de quando a fronteira será reaberta.