Robson Cândido, ex-diretor da Polícia Civil do Distrito Federal, foi preso preventivamente em sua residência no Park Way. Atualmente, ele está detido na carceragem da Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP) do Departamento de Polícia Especializada (DPE), ocupando uma cela individual separada dos demais presos.
Cândido foi detido sob acusações de supostamente utilizar os recursos da Polícia Civil do Distrito Federal para perseguir, assediar e ameaçar sua ex-mulher e uma ex-amante. Sua prisão ocorreu em uma operação conduzida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que também realizou apreensões na delegacia.
A ação, sob sigilo judicial, foi conduzida pelo Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (Ncap), com suporte do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Centro de Inteligência do MPDFT. A Polícia Civil do Distrito Federal iniciará uma investigação interna sob a Corregedoria-Geral de Polícia (CGP).
A operação incluiu buscas e apreensões, onde a 19ª Delegacia de Polícia (Ceilândia) também foi investigada, resultando na apreensão de computadores, câmeras e arquivos armazenados em pen drives. As investigações revelaram que o telefone da vítima foi usado para monitorá-la em procedimentos em que não era investigada.
Em depoimento, a vítima relatou que o ex-delegado a perseguia, surpreendendo-a em diferentes locais, o que reforça a suspeita do uso indevido do monitoramento. Tanto a ex-mulher quanto a ex-amante denunciaram atos de perseguição e stalking. A ex-amante mencionou o medo de perder o emprego, uma vez que o ex-diretor a ameaçava com a demissão como retaliação pelo término do relacionamento.
Robson Cândido renunciou ao cargo de diretor da PCDF em outubro, após ser acusado de crimes relacionados à Lei Maria da Penha, seguida da sua aposentadoria oficial dias depois.
Gazeta Brasil