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Nove bebês são vítimas de armas de fogo em menos de três anos na Grande João Pessoa

Entre 2021 e 2023, pelo menos 24 crianças de até 12 anos foram feridas à bala

Por Redação 03/11/2023 às 07:32:00

Criança durante tratamento em unidade pública de saúde, em João Pessoa. (Foto: Arquivo/Assessoria-PMJP)

Davi, de sete anos, estava com a família quando foi atingido por uma bala perdida. O crime aconteceu há onze dias em Cabedelo, na Paraíba. Desde a última atualização do Hospital de Emergência e Trauma, o paciente está internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e com risco de ficar paraplégico. Davi é uma das cinco crianças vítimas da violência armada na Região Metropolitana de João Pessoa socorridas em 2023.

O Portal T5 solicitou à unidade de saúde, que é referência neste tipo de atendimento, um levantamento sobre a quantidade de crianças vítimas de arma de fogo nos últimos três anos. Os dados revelam que, entre 2021 e 2023, pelo menos 24 crianças ficaram feridas por causa da violência armada na Grande João Pessoa. Dessas, nove eram bebês.

Para entender esse cenário trágico, o T5 conversou com a antropóloga e professora Flávia Pires. Segundo ela, os dados refletem as consequências do incentivo ao armamento no Brasil nos últimos anos, que afeta principalmente os mais pobres. "Essas crianças vítimas da violência armada são pretas, pobres e moram em áreas periféricas. Elas vivem onde a polícia é mais violenta, onde o Estado não protege do crime, onde estão submetidas a situações de perigo constantemente", pontuou a especialista.

É importante dizer que as balas perdidas no Brasil têm endereço certo. Não é qualquer criança que é atingida por uma bala perdida; são crianças que estão em áreas de constante conflito - de polícia com tráfico, pontuou.

Sequelas

É impossível mensurar as marcas de uma violência nas pessoas que são vítimas dela. Mas, na análise da antropóloga, as crianças atingidas pela violência armada podem desenvolver distúrbios e problemas psicológicos. "Elas podem ter pesadelos, desenvolver uma visão negativa da sociedade, do meio coletivo. Além disso, essas crianças podem ter medo de sair de casa e uma série de consequências que são muito ruins para o desenvolvimento delas", afirmou Flávia Pires.

E a segurança?

A reportagem tentou contato com a Secretaria da Segurança e da Defesa Social da Paraíba e com a Polícia Militar para saber quais as ações estão sendo feitas para evitar que crianças sejam vítimas da violência armada e para aumentar a sensação de segurança no estado. Assim que houver retorno, esta matéria será atualizada.

Até a publicação dessa reportagem, não havia infoDavi, de sete anos, estava com a família quando foi atingido por uma bala perdida. O crime aconteceu há onze dias em Cabedelo, na Paraíba. Desde a última atualização do Hospital de Emergência e Trauma, o paciente está internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e com risco de ficar paraplégico. Davi é uma das cinco crianças vítimas da violência armada na Região Metropolitana de João Pessoa socorridas em 2023.

O Portal T5 solicitou à unidade de saúde, que é referência neste tipo de atendimento, um levantamento sobre a quantidade de crianças vítimas de arma de fogo nos últimos três anos. Os dados revelam que, entre 2021 e 2023, pelo menos 24 crianças ficaram feridas por causa da violência armada na Grande João Pessoa. Dessas, nove eram bebês.

Para entender esse cenário trágico, o T5 conversou com a antropóloga e professora Flávia Pires. Segundo ela, os dados refletem as consequências do incentivo ao armamento no Brasil nos últimos anos, que afeta principalmente os mais pobres. "Essas crianças vítimas da violência armada são pretas, pobres e moram em áreas periféricas. Elas vivem onde a polícia é mais violenta, onde o Estado não protege do crime, onde estão submetidas a situações de perigo constantemente", pontuou a especialista.

É importante dizer que as balas perdidas no Brasil têm endereço certo. Não é qualquer criança que é atingida por uma bala perdida; são crianças que estão em áreas de constante conflito - de polícia com tráfico, pontuou.

Sequelas

É impossível mensurar as marcas de uma violência nas pessoas que são vítimas dela. Mas, na análise da antropóloga, as crianças atingidas pela violência armada podem desenvolver distúrbios e problemas psicológicos. "Elas podem ter pesadelos, desenvolver uma visão negativa da sociedade, do meio coletivo. Além disso, essas crianças podem ter medo de sair de casa e uma série de consequências que são muito ruins para o desenvolvimento delas", afirmou Flávia Pires.

E a segurança?

A reportagem tentou contato com a Secretaria da Segurança e da Defesa Social da Paraíba e com a Polícia Militar para saber quais as ações estão sendo feitas para evitar que crianças sejam vítimas da violência armada e para aumentar a sensação de segurança no estado. Assim que houver retorno, esta matéria será atualizada.

Até a publicação dessa reportagem, não havia informações sobre a prisão dos suspeitos do ataque a tiros que vitimou o Davi, em Cabedelo.


rmações sobre a prisão dos suspeitos do ataque a tiros que vitimou o Davi, em Cabedelo.


Fonte: Portal T5

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