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Polícia investiga montagens que simulam fotos de alunas nuas

Fato ocorreu em unidade do Colégio Santo Agostinho, situada na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio

Por Redação 02/11/2023 às 16:59:53

Colégio Santo Agostinho Foto: Reprodução/YouTube EDUCAR | Red educativa agustina recoleta

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a divulgação de fotomontagens de alunas de uma unidade do Colégio Santo Agostinho, situada na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, nas quais, devido à alteração nas imagens, elas aparecem nuas. Pais de alunas denunciaram o caso nesta semana à 16ÂȘ Delegacia Policial (DP) e à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, que assumiu a investigação do caso.

Segundo relatos de pais de alunas, alguém usou um programa de computador ou aplicativo de celular que, a partir de uma foto da pessoa vestida, analisa as características dela e substitui por um corpo nu bastante semelhante, capaz de parecer ser mesmo a aluna retratada. A suspeita é de que os responsĂĄveis pela montagem e divulgação das imagens seriam alunos do 7° ao 9° ano do colégio.

O autor das montagens pode ser processado pelo crime previsto no art. 241-C do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): "Simular a participação de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou pornogrĂĄfica por meio de adulteração, montagem ou modificação de fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de representação visual", que prevĂȘ pena de prisão de um a trĂȘs anos, além de multa.

O parĂĄgrafo único deste artigo prevĂȘ que "incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, disponibiliza, distribui, publica ou divulga por qualquer meio, adquire, possui ou armazena o material produzido". Se o autor ou os autores forem menores de 18 anos, não responderão pelo crime, mas por fato anĂĄlogo a ele.

O Colégio Santo Agostinho enviou nota aos pais de alunos em que lamenta o episódio e afirma que "serão tomadas as medidas disciplinares aplicadas aos fatos cometidos, em tutela escolar". Mas a instituição pede "a compreensão de todos os envolvidos, pois a condução dos atendimentos demanda tempo e não podemos tomar decisões precipitadas".

Em outra nota, ao público em geral, a escola afirma que estĂĄ apurando o caso e adotando as medidas previstas no regimento da escola. A Polícia Civil emitiu nota em que afirma que a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente "instaurou procedimento para apurar os fatos, todos os envolvidos estão sendo chamados para serem ouvidos e diligĂȘncias seguem para identificar a autoria do crime".


Fonte: *AE

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