O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, nesta quarta-feira (1º), reduzir a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, para 12,25% ao ano. Essa é a terceira redução consecutiva da taxa desde agosto, que estava em 13,75% ao ano.
Com a decisão, a Selic atinge o menor patamar desde março de 2022. O mercado financeiro ainda prevê um novo corte de 0,5 ponto percentual em dezembro, o que levaria a taxa a 11,75% ao ano.
O Copom avalia que a redução da Selic é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e o de 2025.
O comitê também sinalizou que manterá o ritmo de corte dos juros básicos. "Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões", afirmou o comunicado do Copom.
Para Vinicius Moura, economista e sócio da Matriz Capital, um dos destaques do comunicado é sobre a necessidade do cumprimento das metas fiscais já estabelecidas pelo governo para a continuação do ciclo de queda de juros.
"A ideia que passa é que o governo precisa ficar comprometido com essa questão do déficit zero. Caso os compromissos fiscais não sejam cumpridos da forma como planejado, o BC pode precisar rever a rota", afirma Moura.
A Selic é o principal instrumento de política monetária do país no combate à inflação. Quando a taxa é elevada, o custo do crédito aumenta, o que desestimula o consumo e a produção. Com a redução da Selic, o crédito fica mais barato, o que pode estimular a economia.