A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou que novembro manterá a bandeira verde na conta de luz para todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN), o que significa que não haverá cobrança extra.
A bandeira verde foi estabelecida após o término da bandeira de escassez hídrica, que vigorou de setembro de 2021 a abril de 2022. A escolha da bandeira verde reflete as condições favoráveis de geração de energia, com os reservatórios das usinas hidrelétricas em níveis satisfatórios. No início do período seco, o nível de armazenamento dos reservatórios atingiu 87%, justificando a manutenção da bandeira verde.
Em junho de 2022, a Aneel aprovou reajustes de até 64% nas bandeiras tarifárias, refletindo a inflação e o aumento dos custos das usinas termelétricas. No entanto, em agosto, a Aneel lançou uma consulta pública para reduzir as bandeiras tarifárias em até 36,9%, considerando reservatórios cheios, expansão de energia eólica e solar e a queda nos preços internacionais dos combustíveis fósseis.
As bandeiras tarifárias, criadas em 2015, refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica e indicam quanto está custando ao SIN produzir energia para os consumidores. Quando a bandeira verde está em vigor, não há custos adicionais na conta de luz. Já as bandeiras vermelha e amarela resultam em acréscimos variados na fatura. Durante o período de escassez hídrica, de setembro de 2021 a abril de 2022, o consumidor pagava um valor extra de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos.
A decisão da Aneel é relevante para a maioria do país, que é coberta pelo SIN, abrangendo os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. Apenas algumas partes dos estados da Região Norte e Mato Grosso, além de todo o estado de Roraima, não fazem parte do SIN. Existem cerca de 212 localidades isoladas do SIN, onde o consumo é baixo e é suprido principalmente por térmicas a óleo diesel.
Fonte: Com Agência Brasil