Militantes do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), em protesto realizado na Avenida Paulista, na cidade de São Paulo, atearam fogo nas bandeiras dos Estados Unidos e Israel em defesa da ofensiva terrorista do Hamas. A ação foi realizada neste domingo (22), na Praça Oswaldo Cruz, onde dezenas de ativistas solicitaram o fim das relações políticas, comerciais e diplomáticas entre o governo federal e o Estado de Israel em favor da causa anti-sionista.
"Hoje fizemos um ato gigantesco na praça Oswaldo Cruz, que contou com a presença de milhares de membros da comunidade árabe e palestina, ativistas, organizações e simpatizantes anti-sionistas!
Essa é uma das maiores manifestações que ocorrem em defesa do povo palestino há anos, no Brasil. Estivemos presentes para denunciar os ataques brutais e terroristas que o estado de Israel comete contra o povo palestino em Gaza e Cisjordânia, mais um capítulo da Nakba: a catástrofe de colonização, limpeza étnica e extermínio em terras palestinas invadidas desde 1948.
Prestamos nossa solidariedade e nosso apoio incondicionais à resistência palestina, por quaisquer meios que se façam necessários, para o fim desse massacre, que já vitimou mais de 4600 palestino (entre eles mais de 1500 crianças e jovens), deixou mais de 14 mil feridos e mais de 1 milhão de pessoas desabrigadas, desde 7 de outubro.
Desde o Brasil, exigimos que o governo federal de Lula e Alckmin rompam todas as relações políticas, comerciais e diplomáticas com Israel. Que deixem de comprar armas desse estado genocida, que serve para massacrar os pobres, negros e indígenas por aqui. E que decidam por sanções, boicotes e desinvestimentos a Israel!" – compartilhou o PSTU-SP, juntamente ao grupo Juventude Rebeldia, em suas redes sociais.
Com cartazes de afirmativas como "Israel é um estado terrorista", "Palestina Livre!" e "Pelo fim das relações com Israel Já!", os militantes procuraram desassociar o Hamas de atividades terroristas; os esquerdistas também enquadraram o Estado de Israel como um país assassino, devido sua reação à ofensiva do grupo islâmico. A manifestação, conforme divulgado pela própria organização, também contou com o apoio de membros da comunidade árabe.
"Eu queria, em nome do PSTU, da liga internacional dos trabalhadores, saudar a heroica resistência do povo palestino em Gaza e na Cisjordânia, saudar essa manifestação que aqui se realiza e dizer a vocês, companheiros e companheiras, que mais do que nunca é necessário reproduzir manifestações como essa em todo o nosso país, em todo o mundo, como está ocorrendo agora na Europa e nos Estados Unidos. Porque o exército de Israel é forte, o imperialismo norte-americano é forte militarmente, mas mais forte do que eles é a mobilização dos povos, aqui na América Latina e em todo mundo.
É dessa forma que nós vamos derrotar o Estado sionista de Israel e o imperialismo norte-americano (...). Nós não podemos aceitar, companheiros e companheiras, que se classifique qualquer ato de resistência do povo palestino como terrorista. Aqui, os companheiros da comunidade árabe, da comunidade palestina, que conhecem o PSTU, sabem que as nossas posições políticas, da sociedade que nós defendemos, é diferente das condições e da sociedade que o Hamas defende.
Mas nesse momento, nós estamos na trincheira militar do Hamas, porque essa é a trincheira do povo palestino (...). Todo ato de força, todo ato de violência do povo palestino contra o sionismo é legítimo! Nós temos que apoiar aqui, na Palestina e em todo o mundo porque essa é a luta da classe trabalhadora", afirmou o fundador e presidente nacional do PSTU, Zé Maria.
Para fins de sensacionalismo, os militantes também mobilizaram crianças, com cartazes e bandeiras da Palestina, que protestavam contra o número de crianças mortas na Palestina tidas supostamente como assassinadas pelo Estado de Israel.