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Educação

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Professores da rede pública do RJ anunciam greve

Por Eliashacker.com.br 12/05/2023 às 10:35:58

Os professores e funcionĂĄrios da ĂĄrea administrativa da rede estadual de ensino do Rio decidiram, em assembleia realizada hoje à tarde (11), entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima quarta-feira, (17). A categoria aprovou, também, a realização de assembleia na quinta-feira, (18), às 14h, no Largo do Machado, zona sul do Rio. Em seguida, serĂĄ feita uma passeata rumo ao PalĂĄcio Guanabara, sede do governo estadual.

Mais de mil profissionais de educação compareceram à assembleia. A categoria reivindica do governador ClĂĄudio Castro a implementação do piso nacional do magistério para os docentes e o piso dos funcionĂĄrios administrativos, tendo como referĂȘncia o salĂĄrio-mĂ­nimo nacional.

Em reunião com a secretĂĄria estadual de Educação, Roberta Pontes, e representantes da Casa Civil, nessa quinta-feira (10), o governo apresentou ao Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) seu projeto de incorporar o piso nacional do magistério. No entanto, o projeto do governo não incorpora o piso a todas as carreiras. O governo, segundo o Sepe, quer apenas reajustar os salĂĄrios que estão abaixo do piso. Com isso, quem ganha acima do piso não receberĂĄ nenhum reajuste – segundo a Secretaria estadual de Educação (Seeduc), apenas 33% dos aposentados e 42% da ativa receberiam o reajuste.

De acordo com o diretor do Sepe, Demerval Marins, o que o governo apresentou, na verdade, foi um reajuste sob a forma de abono. "O correto é o piso ser implementado a partir do vencimento inicial da carreira e ser adequado proporcionalmente aos demais nĂ­veis, cumprindo o que manda o atual Plano de Carreira da categoria, exatamente o que o governo anunciou que não vai fazer", criticou.

Magistério

O Sepe denunciou que, atualmente, o Rio de Janeiro paga o pior salĂĄrio do Brasil para os educadores da rede estadual. Enquanto o piso nacional é de R$ 4.420,55, o professor de uma escola estadual tem um piso de R$ 1.588 como vencimento base (18 horas semanais). Os funcionĂĄrios administrativos (serventes, merendeiras, porteiros, inspetores de alunos etc), em sua maioria, recebem um piso menor do que o salĂĄrio-mĂ­nimo, no valor de R$ 802. O estado do Rio tem 1.230 escolas estaduais, com 23 mil turmas e mais de 678 mil alunos nos 92 municĂ­pios fluminenses.

Além das reivindicações econômicas, a categoria também defende a revogação do Novo Ensino Médio (NEM) e a convocação de concursados para o magistério dos concursos de 2013 e 2014 e de inspetores de alunos do concurso de 2013, além da abertura de novos concursos para suprir a carĂȘncia de profissionais nas escolas e para as funções de assistente social e psicólogos, como resposta ao aumento da violĂȘncia no interior do espaço escolar.

Resposta

Em nota, a Secretaria de Educação informou que o governo respeita a decisão de greve dos profissionais da Educação. "A Secretaria de Estado de Educação enfatiza que o aumento concedido pelo governo é o pagamento do piso nacional no vencimento base para todos os cargos e nĂ­veis do magistério que não recebem o valor correspondente ao piso nacional de R$ 4.420,55 para professores de 40h. Essa era uma reivindicação antiga da categoria, jĂĄ que o piso nacional não era pago desde 2015".

A secretaria informou ainda que "a medida terĂĄ um impacto significativo para quase metade do funcionalismo. O Professor Docente II, por exemplo, que cumpre 22h semanais terĂĄ reajuste de 116%, passando de R$ 1.125,55 para R$2.431,30 e no caso de professor Doc II, 40h, que hoje recebe R$2.251,11 irĂĄ ganhar R$4.420,55, um acréscimo de 96% no vencimento".

Desta forma, o governo afirma que hĂĄ garantia de que todos os professores da rede estadual de ensino ganharão o determinado no piso nacional. "Quanto ao plano de cargos e salĂĄrios, não hĂĄ disponibilidade orçamentĂĄria e financeira no momento para aplicação do mesmo, lembrando que o estado do Rio de Janeiro encontra-se em regime de recuperação fiscal", acrescentou.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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