Uma organização jornalística registrou no sábado (14) a morte de pelo menos 12 jornalistas devido aos combates entre o grupo militante Hamas e Israel.

"Até 14 de outubro, nos primeiros oito dias de combates, pelo menos 12 jornalistas foram mortos, dois estavam desaparecidos e oito ficaram feridos", afirmou o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) em seu site.

O conflito já resultou na morte de mais de 3.000 pessoas de ambos os lados, segundo a Associated Press. Este já elevado número de mortos poderá aumentar ainda mais com uma ofensiva terrestre de Israel em Gaza que deverá ocorrer em breve.

"Os jornalistas em Gaza enfrentam riscos particularmente elevados quando tentam cobrir o conflito face a um ataque terrestre por parte das tropas israelitas, a devastadores ataques aéreos israelitas, a interrupções nas comunicações e a extensos cortes de energia", afirmou o CPJ.

"Nos primeiros oito dias do conflito, 10 jornalistas palestinos foram confirmados como mortos; um jornalista israelense foi confirmado como morto e um desaparecido", continuou o CPJ. "Em 13 de outubro, um jornalista baseado em Beirute foi morto durante um bombardeio no sul do Líbano que feriu outras seis pessoas."

Israel ordenou a evacuação de cerca de 1 milhão de pessoas do norte de Gaza para a parte sul do território na sexta-feira. As Nações Unidas alertaram que a movimentação de um grande número de pessoas com prazo de 24 horas poderia ser desastrosa.

"O CPJ enfatiza que os jornalistas são civis que realizam um trabalho importante em tempos de crise e não devem ser alvo de partes em conflito", disse Sherif Mansour, coordenador do programa do CPJ para o Oriente Médio e Norte da África, em seu website. "Os jornalistas estão a fazer grandes sacrifícios em toda a região ao cobrir este importante conflito. Todas as partes devem tomar medidas para garantir a sua segurança para impedir este número mortal e pesado."

Fonte: Gazeta Brasil