No sábado (7) o grupo extremista islâmico armado Hamas fez o maior ataque a Israel em pelo menos 50 anos. Os combatentes invadiram o território de Israel em diversas frentes ao mesmo tempo e mataram centenas de civis e militares. Israel respondeu com ataques aéreos contra a Faixa de Gaza, o território palestino dominado pelo Hamas.
O Hamas afirmou que a ação foi motivada pelos ataques de Israel contra palestinos na Cisjordânia (um outro território palestino), Jerusalém e palestinos em prisões.
O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, falou em uma entrevista à Al-Jazeera que que o bloqueio de Gaza e a normalização das relações de Israel com os países árabes foram algumas das razões para essa ofensiva..
Ismail Haniyeh discursa para o povo palestino em Gaza na véspera de Natal. — Foto: Said Khatib / AFP Photo
Ismail Haniyeh é o chefe do Hamas desde 2017. O grupo tem um órgão deliberativo de 15 membros que escolhe quem é o dirigente máximo do Hamas.
Quando ele chegou ao poder, era visto como um político pragmático. Naquela época, o Hamas se esforçava para suavizar sua imagem, de acordo com reportagens publicadas na mídia internacional.
Desde 2020, Haniyeh vive em Doha, no Catar, porque o bloqueio impõe dificuldade para ele sair e voltar para Gaza (o território palestino é bloqueado em todas as fronteiras, com Israel e também com o Egito).
O braço armado do Hamas é a Brigada Izz el-Deen al-Qassam. Foi esse grupo que enviou atiradores e combatentes a Israel no dia 7.
Segundo a organização Council on Foreing Relations, há dois líderes militares do Hamas:
Deif escapou de pelo menos oito tentativas de Israel de matá-lo, segundo uma reportagem do "New York Times" de 2021.
Ele foi ferido várias vezes –Deif perdeu um olho e uma mão e tem sequelas neurológicas e de audição por causa de estilhaços—e já vive escondido há décadas.
Deif é admirado em Gaza por ter escapado tantas vezes, além de ser considerado um bom estrategista militar.
Segundo o projeto Counter Extremism, Issa nasceu em um campo de refugiados. Ele é o responsável pelas Brigadas al-Qassam na região central da Faixa de Gaza.
Fonte: G1