Nesta quarta-feira (11), Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, afirmou que irá dialogar com o presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luís Roberto Barroso, sobre a ausência do nome de Wilton Quintanilha, conhecido como Abelha e apontado como uma das principais lideranças do Comando Vermelho, do Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).
Mesmo sendo um dos mais procurados em operações no Rio de Janeiro, Abelha poderia ter permanecido em liberdade caso deixasse o estado, visto que seu nome não constava no BNMP. O registro voltou ao sistema apenas após questionamento da imprensa.
Dino, ao ser abordado sobre o tema em São Lourenço da Mata, Pernambuco, onde participava de anúncios voltados à segurança pública, declarou: "Claro, é grave, evidentemente vou conversar com o CNJ, com o ministro BarrosoÂ…". O ministro ainda destacou a possibilidade de infiltrações em sistemas institucionais por facções criminosas, mas não confirmou se esse foi o caso.
Ele também sinalizou que a Polícia Federal poderá investigar o ocorrido, dependendo do direcionamento do CNJ.
Dino ressaltou que a gestão do BNMP é responsabilidade do CNJ, com o Ministério da Justiça acompanhando por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública. No evento em Pernambuco, o ministro estava presente para a implantação de programas federais de segurança, contando com a presença de autoridades locais como a governadora Raquel Lyra e o prefeito do Recife, João Campos.
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