Hila Fakliro, que trabalhava como bartender no festival Supernova, no sul de Israel, relatou à Sky News que os ataques aéreos provocaram alvoroço e dispersão entre os participantes. Ela contou que ficou deitada no chão por cerca de 30 minutos, mas que, ao tentar sair do local, encontrou uma entrada bloqueada pela polícia. Na tentativa de sobreviver, ela abandonou o carro e buscou um esconderijo.
"Quando no viramos, a gente viu mais de 20 terroristas com roupas pretas atirando em todos os lugares. Eles atiravam em todo mundo. Se você estivesse vivo, era um alvo", disse ela.
A jovem relatou momentos de terror e desespero. Ela contou que correu por cerca de quatro horas sem acesso à água e à internet, até conseguir encontrar soldados israelenses.
Posteriormente, ao tentar localizar seus amigos que também estavam no festival, ela disse ter encontrado um vídeo nas redes sociais que mostrava uma de suas amigas sendo violentada pelos terroristas.
"Eles estavam sentados em cima dela, estuprando, e fazendo muitas coisas que não posso dizer. Conheço quatro pessoas que morreram nos ataques e tenho dois amigos que estão desaparecidos. Odeio dizer isso, mas espero que eles não estejam vivos. Porque você não sabe o que estão fazendo com eles", falou.
O ataque à rave foi um dos mais mortais no primeiro dia da invasão do Hamas ao território israelense. Pelo menos 260 corpos já foram localizados e dezenas de outras pessoas que estavam no evento continuam desaparecidas.
Fonte: Gazeta Brasil