A AgĂȘncia Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc), ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), tem uma lista de substâncias possivelmente cancerígenas.
Recentemente, o adoçante artificial aspartame entrou para a seleção e ele é encontrado nos mais variados produtos dietéticos ou lights, desde Coca-Cola Zero a iogurtes, cereais e chicletes.
O aspartame passou a integrar o Grupo 2B de possíveis cancerígenos. A classificação é dada a substâncias que apresentam evidĂȘncias limitadas que sugerem uma possível relação com o desenvolvimento do câncer.
Portanto, a OMS ressalta que o aspartame permanece considerado como seguro para o consumo humano, desde que a dose diĂĄria não ultrapasse 40 mg por quilo de peso corporal.
A Iarc categoriza os itens com potencial cancerígeno em quatro blocos, na sequĂȘncia:
Vale ressaltar que isso não é medida definitiva do quão perigoso cada elemento pode ser, ao invés disso, esse agrupamento demonstra a quantidade existente de comprovação científica acerca dos riscos cancerígenos de cada um.
Outros alimentos também jĂĄ haviam sido incluídas na lista das consideradas potencialmente cancerígenas pela Iarc, como:
Desde 2017, presunto, salsicha, carne seca, bacon e outras carnes processadas fazem parte da lista. Estudos apontam que o consumo desses alimentos estĂĄ associado ao câncer colorretal.
As carnes processadas estão classificadas no Grupo 1 da Iarc, juntamente com cigarros, amianto e fumaça de diesel. No entanto, é importante ressaltar que essa classificação não implica que esses alimentos sejam tão perigosos quanto esses outros itens. A classificação descreve apenas a força das evidĂȘncias científicas disponíveis para cada um deles.
O risco de câncer relacionado ao consumo de carnes processadas aumenta proporcionalmente à quantidade consumida. Segundo a agĂȘncia, cada porção diĂĄria de 50 gramas desses alimentos aumenta em 18% o risco de câncer colorretal.
As bebidas alcoólicas também acabaram sendo incluídas na lista em 2012, sendo classificadas no Grupo 1.
A ingestão de ĂĄlcool estĂĄ associada ao desenvolvimento de cânceres no intestino, fígado, esôfago e mama.
A carne vermelha estĂĄ classificada no Grupo 2A da OMS, sendo considerada uma substância "provavelmente cancerígena". Isso inclui carnes bovina, suína, de cordeiro, carneiro, cavalo e cabra.
O consumo de carne vermelha acabou associado ao aumento do risco de câncer de cólon, reto, pâncreas e próstata.
Ao longo dos anos, a classificação da Iarc vem sendo alvo de críticas por parte da indústria de carne, que argumenta que o câncer acaba não sendo causado por alimentos específicos, mas sim por diversos fatores.
ChĂĄs, chimarrão e cafés consumidos a temperaturas acima de 65ÂșC também estão incluídos no Grupo 2A da lista.
Essa classificação acabou baseada em estudos que associam o consumo dessas bebidas ao câncer de esôfago.
As frituras também estão classificadas no Grupo 2A. Embora estejam associadas ao câncer de língua, ainda faltam estudos conclusivos que comprovem essa ligação.
Além disso, ĂĄcidos graxos trans encontrados nas frituras podem aumentar o risco de desenvolvimento de câncer de ovĂĄrio, de acordo com um estudo da Iarc realizado em 2020.
É crucial entender que o simples consumo desses alimentos não leva necessariamente ao desenvolvimento de câncer.
O que a lista sugere é a necessidade de moderação e cuidados com o regime alimentar, levando sempre em consideração a dieta equilibrada como um fator de impacto direto na saúde de cada indivíduo.
Fonte: Créditos: Catraca Livre