O confronto entre Israel e o grupo terrorista Hamas que se iniciou no último final de semana ganhou contornos cibernéticos. Grupos hackers estão realizando ataques tanto contra o governo israelense quanto contra estruturas da Palestina.
A guerra se iniciou no sábado (07) passado, com uma invasão surpresa de Hamas ao território israelense e se estende até agora. Enquanto os terroristas alegam ter capturado mais de 100 reféns, o estado judeu tem lançado mísseis contra o território vizinho.
Neste intenso conflito humanitário que já causou centenas de mortes de ambos os lados, um especialista em cibersegurança monitorou e fez uma linha do tempo mostrando as ações cibernéticas de vários agentes.
Além de drones, tanques e mísseis, computadores também são utilizados como armas na guerra (Imagem: EvgeniyShkolenko/Getty Images)
De acordo com ele, até agora foi possível identificar a atuação de grupos como o ThreatSec (não se sabe qual a afiliação), Anonymous Sudan (aliado da Rússia), Killnet (aliado da Rússia) e Cyber Av3ngers (aliado do Irã).
O primeiro ataque monitorado pelo especialista identificado como Julian B., no LinkedIn, foi feito pelo Anonymous Sudan. A célula do grupo hackativista mais famoso do mundo teve como alvos sistemas de alerta de emergência de Israel e o veículo jornalístico Jerusalem Post.
Enquanto isso, os Cyber Av3ngers atacaram duas empresas que cuidam da rede elétrica de Israel, o Killnet tentou invadir os sites do governo israelense e o Ghosts of Palestine convidou hackers a atacarem infraestruturas privadas do governo judeu e dos Estados Unidos.
O grupo hackativista mais famoso do mundo, o Anonymous, também está participando do conflito entre Israel e Hamas (Imagem: JohnDWilliams/Getty Images)
O "outro lado da guerra cibernética" contou com grupos como o ThreatSec, que defende ter comprometido uma estrutura de internet na Faixa de Gaza, e de hackativistas indianos que dizem ter atacado sites palestinos.
Pelos menos duas outras associações, chamadas de Garuna e TeamHDP, revelaram na internet que estão mirando as páginas do Hamas e da Universidade Islâmica de Gaza.
Segundo o site Security Week, boa parte dos ataques nesta guerra recente entre Israel e Hamas aconteceu pelo método de DDoS. O chamado "Distributed Denial of Service", traduzido como "Negação Distribuída de Serviço", tenta interromper a operação de um site ou serviço inundando a página de acessos.
O Killnet e Anonymous Sudan já realizaram ataques famosos visando grandes empresas no passado. Microsoft, X (ex-Twitter), Telegram, Lockheed Martin e até o governo dos Estados Unidos já estiveram dentre as vítimas do DDoS.
Fonte: Tecmundo