A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito sobre a queda do avião que matou a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas em Caratinga, em 2021. O inquérito aponta que houve homicídio culposo triplamente qualificado por parte dos pilotos.
Como houve a morte dos tripulantes, a Polícia Civil sugeriu o arquivamento do caso. O delegado responsável pelo caso, Ivan Lopes, afirmou que as possibilidades de mal súbito dos pilotos, falha mecânica ou atentado foram descartadas.
"Na medida que as provas foram sendo conduzidas, caminhamos para uma negligência e imprudência dos pilotos, que gerou a queda. É fato que a aeronave se chocou com a torre de energia, que não era sinalizada. O fato de não ser sinalizada poderia prejudicar a visão dos pilotos, mas não era obrigatório ter a sinalização", explicou o delegado.
O delegado afirmou que as torres de energia estavam fora da zona de proteção do aeródromo. Segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), as torres foram a principal causa do acidente, mas apontou que houve uma mudança de rota, apesar de estar em padrões de voo normais.
Relembre o caso
Em 5 de novembro de 2021, Marília Mendonça e outras quatro pessoas morreram em um acidente de avião na região de Caratinga, Minas Gerais. O relatório da Polícia Civil de Minas Gerais, liberado quase um ano após o acidente fatal, suspeitava de falha humana, diferente do Cenipa.
As investigações pontuaram que as condições climáticas eram favoráveis e há a suspeita da sinalização da rede de energia da Cemig. A aeronave bateu na fiação antes de cair, mas segundo a polícia, a sinalização não era obrigatória, por estar fora da área de proteção do aeródromo.
O piloto teria desviado do padrão de pouso no aeródromo de Caratinga, o que, para o Cenipa, foi uma decisão normal de curso e não teria sido causador do acidente.
Gazeta Brasil