A Polícia Federal cumpre mandados judiciais em João Pessoa, na Paraíba, na manhã desta terça-feira (3). A ação tem o objetivo de reprimir a ação de uma organização criminosa que fraudava a concessão de salĂĄrio maternidade.
De acordo com a PF, as fraudes contabilizaram pelo menos 56 benefícios considerados irregulares, causando prejuízo estimado em mais R$ 260 mil aos cofres públicos.
A investigação teve início com a anĂĄlise dos dados obtidos por ocasião da prisão em flagrante de duas beneficiĂĄrias na capital paraibana, uma ainda gestante e outra lactante, ocorridas nos dias 5 e 6 de outubro, quando realizavam o saque de valores de salĂĄrio maternidade obtidos de forma fraudulenta.
Como funcionava o esquema
A empresas responsĂĄvel pelas fraudes, com sede na cidade de Pontalina, em GoiĂĄs, coordenava a ação criminosa em todo território nacional, cooptando mulheres gestantes, por meio de redes sociais na internet, para demandar o benefício de forma fraudulenta, criando vínculos empregatícios domésticos por meio do E-Social, com fortes suspeitas de irregularidades.
Foram expedidos trĂȘs mandados de busca e apreensão, expedidos pela 16ÂȘ Vara da Justiça Federal em João Pessoa, sendo um cumprido nesta capital, na residĂȘncia de mulher que além receber o benefício fraudulento, arregimentava outras mulheres para participarem do esquema, e dois cumpridos em GoiĂĄs, um na sede da empresa e outro na residĂȘncia do servidor do INSS que supostamente atuava no cadastramento de dados para concessão dos benefícios irregulares.
Com as anĂĄlises dos materiais coletados nas medidas cautelares, poderão ser descobertos novos casos da fraude, evitando-se assim mais prejuízo à União.
O nome da operação é uma alusão ao fato das fraudes serem praticadas por mulheres no recebimento do salĂĄrio maternidade, onde o INSS concedia o benefício acreditando que era devido, mas na verdade não era.
Fonte: Portal T5