A Americanas fechou 88 lojas físicas desde janeiro deste ano, quando a varejista entrou com pedido de recuperação judicial. No início de 2023, a empresa tinha 1.880 pontos comerciais, e agora opera com 1.794 unidades. Somente no mês de agosto, foram encerradas 25 lojas, representando o maior número de fechamentos desde o início do processo de recuperação judicial. Essas informações constam em um relatório mensal dos administradores judiciais Bruno Rezende, Sérgio Zveiter e Luciano Bandeira, enviado à Comissão de Valores Mobiliários no último domingo e referente ao mês de agosto.
No mesmo período, o número de clientes ativos recuou em 5,4 milhões, de 48,3 milhões em janeiro passado para 42,8 milhões em agosto passado. O indicador mede a quantidade de clientes que realizaram pelo menos uma compra ou interação com a empresa em um determinado período.
Na comparação com dezembro do ano passado e agosto deste ano, o número de clientes ativos recuou 12,7%, o equivalente a 6,3 milhões de pessoas. o número recuou de 49,1 milhões para 42,8 milhões.
"Ao acompanhar esse indicador, é possível avaliar a fidelidade e retenção dos clientes", diz o comunicado do administrador judicial.
O caixa total disponível em agosto passado era de R$ 1,7 bilhão frente aos R$ 4,6 bilhões de dezembro passado, antes que a varejista declarasse ter encontrado "inconsistências contábeis" de R$ 20 bilhões, que posteriormente chegaram a R$ 43 bilhões.
A CPI das Americanas isentou a antiga diretoria e os acionistas de referência da empresa —os bilionários Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles— pelo rombo bilionário.
A conclusão do colegiado é que houve fraude, admitida pela própria diretoria atual da varejista, mas não houve culpados.
Fonte: Gazeta Brasil