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China aperta briga com Apple e pode tirar Facebook, Instagram e X do iPhone

Novas regulamentações de Pequim restringem a disponibilidade de aplicativos estrangeiros na App Store da Apple

Por Redação 30/09/2023 às 20:02:52

Imagem: nikkimeel/Shutterstock

A Apple enfrenta novos desafios na China, onde recentes regulamentações governamentais ameaçam a disponibilidade de aplicativos estrangeiros na App Store do iPhone. Em reuniões recentes com oficiais chineses, a equipe da Apple discutiu preocupações sobre as novas regras que restringirão a oferta de muitos aplicativos estrangeiros atualmente disponíveis em sua loja de aplicativos na China.

Conforme relatado pelo Wall Street Journal, as autoridades chinesas instruíram a Apple a implementar rigorosamente regras que proíbem aplicativos estrangeiros não registrados. Assim, Pequim está fechando uma brecha na Grande Firewall da China que permitia aos usuários de iPhone baixar aplicativos de redes sociais ocidentais populares, como Instagram, X (anteriormente Twitter), Facebook, YouTube e WhatsApp, através de uma VPN (Rede Privada Virtual). Estes aplicativos foram baixados mais de 170 milhões de vezes na China na última década, segundo estimativas da Sensor Tower.

A partir de julho, a Apple será proibida de oferecer tais aplicativos em sua loja na China, a menos que os operadores dos aplicativos estejam registrados junto ao governo, conforme novas regras emitidas pelo Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China. Analistas indicam que é improvável que os operadores se registrem devido às possíveis obrigações de cumprir requisitos de transferência de dados e censura.

Apple vs governo chinês

A Apple, que tem feito concessões na China há anos para cumprir com as crescentes censuras e regras rigorosas sobre segurança de dados do país, ainda não se pronunciou publicamente sobre as novas regras. Investidores indicam que essas normativas representam uma ameaça para os negócios de serviços da empresa no país asiático, um segmento vital para a lucratividade da Apple.

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Imagem: ThewayIsee/Shutterstock

A China, que representa cerca de um quinto das vendas da Apple e serve como sua principal base de fabricação, tem priorizado cada vez mais a segurança nacional em detrimento dos interesses econômicos, restringindo os fluxos de informações transfronteiriças. A Apple já removeu aplicativos de sua loja na China no passado, com base nas diretrizes de Pequim, incluindo milhares de aplicativos de videogame em 2020 após uma repressão oficial contra softwares de jogos sem licença governamental.

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A situação simboliza os crescentes riscos para a Apple na China, com alguns investidores expressando preocupações significativas. "A China é minha maior preocupação para a Apple", disse David Wagner, gestor de portfólio na Aptus Capital Advisors.

Embora a Apple provavelmente vá cumprir as regras, segundo Rich Bishop, CEO da editora de software AppInChina, a App Store na China será cada vez mais composta por aplicativos chineses, com um número menor de aplicativos internacionais.

A medida é vista por observadores da indústria como uma extensão de um sistema de registro chamado Provedor de Conteúdo de Internet (ICP), necessário para que os sites operem legalmente na China. No ano passado, o principal órgão de vigilância da internet da China começou a exigir que as lojas de aplicativos enviassem seus detalhes de negócios e revisassem aplicativos e seus desenvolvedores antes de publicá-los. A Apple não estava entre as 26 lojas de aplicativos que passaram por seu processo de registro até esta semana.

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A situação permanece em desenvolvimento e será observada de perto por investidores e usuários de tecnologia em todo o mundo, enquanto a Apple navega por essas águas turbulentas regulatórias na China.

Fonte: Créditos: Olhar Digital

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