O índice de pobreza na Argentina atingiu 40,1% no primeiro semestre de 2023, um aumento de 3,6 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. Isso representa um crescimento previsto de 1,7 milhão de pessoas pobres no país.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) na quinta-feira (21). Eles são a média dos índices do primeiro trimestre (38,7%) e do segundo trimestre (41,5%).
Segundo o Indec, 62,4% da população argentina recebeu alguma renda no primeiro semestre de 2023. A média no segundo trimestre foi de 138,5 mil pesos argentinos (R$ 1.954 na cotação atual).
A Argentina sofre com alta inflação. O índice anual avançou para 124,4% em agosto, um aumento de 11 pontos percentuais em relação aos 113,4% registrados em julho.
Os especialistas estão preocupados com o aumento da pobreza, que é atribuída à aceleração da inflação e ao abrandamento da atividade econômica.
O Indec também informou que, durante o primeiro semestre do ano, metade dos agregados familiares do país viviam com um rendimento mensal inferior a 200 mil pesos argentinos. Além disso, a desigualdade aumentou em comparação com o mesmo período do ano anterior, com um coeficiente de Gini passando de 0,414 para 0,417.
Fonte: Gazeta Brasil