Trabalhadores da General Motors, Ford e Chrysler iniciaram uma greve simultânea na madrugada desta sexta-feira (15), nos EUA, após demandas sindicais não serem atendidas. Ao todo, a paralisação envolve cerca de 12,7 mil trabalhadores e deve interromper a produção de 24 mil veículos por semana.
Para quem tem pressa:
Pela primeira vez na nossa história, atacaremos todas as três Grandes.
Shawn Fain, presidente do sindicato United Auto Workers.
Um levantamento do Deutsche Bank mostrou que a greve geral pode causar impacto de até US$ 500 milhões (R$ 2,4 bilhões) nos lucros de cada montadora por semana — no entanto, os veículos em estoque podem manter o ritmo de vendas.
Esta é mais uma greve simbólica do que realmente prejudicial.
Sam Fiorani, analista de produção da Auto Forecast Solutions.
Após a tentativa de acordo sem sucesso, a Ford explicou que as propostas do sindicato duplicariam os custos trabalhistas nos Estados Unidos e o tornariam pouco competitivo em relação à Tesla e outros rivais não sindicalizados.
A Stellantis, que controla a Chrysler, afirmou que tomará decisões estruturais para proteger a empresa. A GM se manifestou dizendo estar desapontada com a paralisação, mas que irá continuar as negociações de "boa-fé".
A indústria de carros nos EUA está em uma forte transição que foca na produção de veículos elétricos — medida amplamente apoiada pelo presidente Joe Biden. No entanto, para a categoria essa estratégia pode resultar em demissões de funcionários automobilísticos voltados para carros à combustão, tornando o impasse também uma questão política — o sindicato não apoia a reeleição de Biden.
Fonte: Créditos: Olhar Digital