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Taxar super-ricos garante trégua entre PT e Haddad e une alas petistas

Haddad elaborou medidas visando aumentar a arrecadação. PT enxerga nas pautas uma bandeira ideológica que pode ajudar nas próximas eleições

Por Redação 11/09/2023 às 07:26:03

Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda


Depois de um primeiro semestre de pressões sobre o ministro da Fazenda, o petista Fernando Haddad, a ala mais ideológica do PT deu uma trégua e tem dado respaldo às medidas gestadas pela equipe econômica, mais especificamente as que atingem os chamados "super-ricos". Recém-enviadas ao Congresso, as matérias encontraram resistências em segmentos políticos e empresariais, mas receberam apoio em massa de petistas.

No fim de agosto, o presidente Lula editou uma medida provisória (MP) que prevê a taxação de fundos exclusivos, conhecidos como fundos dos "super-ricos", e assinou um projeto de lei que tributa o capital de residentes brasileiros aplicado em paraísos fiscais (offshores).

Enquanto Haddad visa, com as medidas, aumentar a arrecadação federal e cumprir a meta de zerar o déficit fiscal, o PT vê a pauta como um fôlego para mobilizar a militância nas próximas eleições, tanto as municipais de 2024 quanto as gerais de 2026.

Em resolução do Diretório Nacional da sigla divulgada no último dia 29, o partido mostrou total apoio às medidas anunciadas:

"É importante aprovarmos a proposta do ministro Fernando Haddad de taxação dos super-ricos, dos fundos offshores. Mais do que necessidade de trazer receitas ao Orçamento da União, é uma questão de justiça tributária e social, em um país onde os pobres pagam mais impostos do que os ricos".

A partir da PEC da Transição, Haddad passou a ser visto em Brasília como um bom negociador político, além do perfil técnico que passou a demonstrar.

Divergência sobre déficit zero

Às vésperas da apresentação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2024, petistas e ministros da área política passaram a questionar a meta de déficit zero, considerada ambiciosa demais.

Fonte: Metropoles

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