Segundo o ministro, o acréscimo é em torno de R$ 100 milhões e 4,6 milhões de crianças que vivem em ĂĄreas rurais serão beneficiadas. O repasse com os novos valores começa no próximo dia 10. "Serão investidos quase R$ 900 milhões este ano", disse Santana.
O Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar proporciona assistĂȘncia técnica e financeira, de carĂĄter suplementar, para estados, municĂpios e o Distrito Federal. Os recursos podem ser utilizados para seguros, licenciamentos, serviços de mecânica, equipamentos como pneus e câmaras, recuperação de assentos, combustĂvel e lubrificantes do veĂculo ou embarcação utilizada no transporte.O cĂĄlculo do montante do recurso enviado anualmente aos entes federados é feito baseado no Censo Escolar do ano anterior. Segundo o Ministério da Educação, o orçamento do programa permaneceu sem reajustes entre 2010 e 2017, com aumento de 15,8% em 2018.
De acordo com Santana, o governo também garantiu a compra de novos ônibus escolares no eixo educação do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A previsão inicial é de compra de 3 mil novos veĂculos e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação prepara a edital para mais 16 mil.
O ministro informou ainda sobre relançamento da PolĂtica Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Em 1Âș de janeiro, Lula revogou decreto do governo Jair Bolsonaro sobre polĂtica de educação especial. Segundo a atual gestão, a polĂtica "segregava crianças, jovens e adultos com deficiĂȘncia, impedindo o acesso à educação inclusiva".
Camilo Santana lembrou que o Plano Nacional de Educação (PNE), em sua meta 4, estabelece que as pessoas com deficiĂȘncias e neurodivergĂȘncias, como aquelas do espectro autista, precisam estar incluĂdas nas salas de aula regulares das escolas pĂșblicas ou privadas. "Esse aluno que estĂĄ na sala de aula, juntamente com os outros coleguinhas, as evidĂȘncias jĂĄ mostraram que isso aumenta o seu aprendizado, o seu desenvolvimento", disse o ministro.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), a nova polĂtica deve beneficiar 1,6 milhão de alunos da educação bĂĄsica; 63 mil estudantes do ensino superior; 106 mil gestores escolares; 48 mil professores de Atendimento Educacional Especializado e 1,2 milhão de professores de classes comuns. Segundo o ministro, a nova polĂtica terĂĄ metas estabelecidas e prevĂȘ a formação de professores e a instalação de salas multifuncionais, com materiais adaptados.
O presidente Lula aproveitou e fez um chamamento às famĂlias, para que incluam suas crianças na comunidade escolar.
"Essa criança tem todas as condições de aprender, de estudar, fazer coisas boas. O que é preciso é a gente não ter vergonha, a gente cuidar das nossas pessoas, levar para escola e o Estado criar condições para que essas crianças sejam recebidas normalmente sem nenhum problema, sem nenhum preconceito", disse Lula.
Em breve, o governo também pretende criar uma bolsa para evitar evasão escolar de alunos de ensino médio. Segundo o ministro Camilo Santana, um projeto serĂĄ enviado ao Congresso Nacional para criar uma espécie de bolsa poupança para estimular os jovens a não deixarem os estudos.
"Hoje, 13% dos alunos do primeiro ano do ensino médio abandonam a escola. A bolsa poupança vai permitir que possam ter um estĂmulo. Claro que o estĂmulo tem de ser uma boa escola, que eles se sintam a vontade de ir, uma escola acolhedora, criativa que possa dar capacitação, mas também vai ser uma forma da gente não perder esses alunos, que muitas vezes estão abandonando as escolas e indo para outras finalidades ruins", disse.
A partir do próximo ano, segundo o ministro, o MEC ainda vai universalizar a bolsa de assistĂȘncia estudantil a indĂgenas e quilombolas que ingressam no ensino superior.
Fonte: AgĂȘncia Brasil