Como será o corpo humano no ano 3000? Cientistas criaram um projeto que emula as consequências de hábitos atuais em um intervalo de 977 anos. As mudanças, alertam os especialistas, podem ocorrer principalmente por conta do uso de telefones e computadores.
Para chegar ao resultado, pesquisadores da Toll Free Forwarding, empresa de telecomunicações baseada nos Estados Unidos, criaram um modelo chamado Mindy. O avatar sugere eventuais possibilidades de como os humanos seriam em menos de mil anos se permanecessem dependentes da tecnologia igual os dias atuais.
O estudo concluiu que, após anos olhando de forma excessiva para smartphones e telas de computador, resultarão em uma postura curvada. Enquanto isso, segundo o modelo, as mãos serão moldadas em forma de garra.
"Quando você trabalha continuamente em um computador ou olhando para o telefone, os músculos na parte de trás do pescoço precisam se contrair para manter a cabeça erguida", explicou o médico K. Daniel Riew, do New York-Presbyterian Orch Spine Hospital, em comunicado.
Além da "garra de texto", como foi nomeada pela empresa, os humanos podem apresentar o "cotovelo do smartphone", ou seja, um ângulo permanente de 90 graus causado pelo posicionamento típico do braço ao pegar o aparelho eletrônico.
Outras características que foram projetadas pelos cientistas incluem um crânio mais grosso e um cérebro menor, bem como uma segunda pálpebra para evitar exposição excessiva à luz.
Estudos anteriores
Esta não é a primeira vez que cientistas projetam as condições físicas do corpo humano no futuro. Mindy vem logo depois da Emma, que foi feita em 2019 para destacar a importância de boas condições de trabalho. O modelo anterior foi inventado por pesquisadores depois de entrevistas com mais de 3 mil funcionários sobre seus problemas e preocupações de saúde.
Ela foi desenvolvida com uma uma postura permanentemente curvada, olhos vermelhos e secos pela exposição prolongada a uma tela de computador e pele pálida por passar muito tempo a frente de um brilho de luz artificial.
Créditos: Catraca Livre