Você já se pegou sem respirar ao realizar tarefas em frente a uma tela? Conhecido como apneia de tela, esse é um fenômeno real que provavelmente piorou com o aumento de uso de celulares, notebooks e demais dispositivos com tela.

Você tem 10 telas diferentes abertas. Alguém está mandando mensagem, alguém está ligando, alguém está mandando e-mail.

James Nestor, autor do livro "Respire: A nova ciência de uma arte perdida"

A apneia de tela é uma resposta de estresse do nosso corpo, segundo matéria do The New York Times. Isso porque quando uma pessoa está diante de qualquer tipo de estímulo, o sistema nervoso busca decifrar se aquele estímulo representa uma ameaça ou não, conforme Stephen Porges, professor de psiquiatria da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.

Isso desencadeia mudanças fisiológicas, como respiração mais superficial e desaceleração da frequência cardíaca, para ajudar na concentração. No entanto, se esse estado crônico de ameaça for ativado o dia todo, todos os dias, pode levar à exaustão, mesmo após um dia de trabalho não particularmente estressante.

Apneia de tela: como combater

Como é praticamente impossível não ter pelo menos uma tela na sua vida, existem maneiras de combater a apneia de tela. Veja a seguir 3 dicas para melhorar seus hábitos respiratórios.

1) Aposte em telas maiores

Aumentar o tamanho da tela significa aumentar o seu campo visual, que pode diminuir a demanda do seu sistema nervoso.

2) Aproveite pausas

Quando fizer uma pausa, não leve seu celular e prefira fazer atividades que não exijam muito esforço mental. A ideia é ajudar seu sistema nervoso a mudar de um estado de foco para relaxamento, o que pode ocorrer com música ou uma caminhada.

3) Defina lembretes

Por fim, adicione pequenos lembretes para verificar sua respiração ao longo do dia. Nesses momentos, observe se está respirando pela boca ou se está respirando superficialmente. Uma forma eficaz de redefinir os padrões de respiração é dar suspiros cíclicos, em que a expiração dura mais do que a inspiração.

Fonte: Créditos: Olhar Digital