Consumir entre duas a três xícara de café por dia representa menor risco de morte precoce, aponta estudo realizado no Reino Unido. Ainda de acordo com a pesquisa, pessoas que tem o hábito de beber café tendem a ter menos problemas cardíacos.
Ao todo, dados de 449.563 pessoas incluídas no Biobank, do Reino Unido, foram analisados pelos especialistas. Criado por uma série de instituições britânicas, o banco de dados contribui para um acompanhamento regular sobre os hábitos de vida da população.
Neste estudo, participantes, com idades entre 40 e 69 anos, preencheram questionários sobre quantas xícaras bebiam por dia e se optavam por instantâneo, moído ou descafeinado.
Publicado pelo European Journal of Preventive Cardiology, o levantamento apontou que 44% bebiam instantâneo, 18% moído e 15% descafeinado. Pouco mais de um quinto não tomava café.
O que se concluiu?
A análise durou cerca de 13 anos e, dos pacientes observados, quase 28.000 participantes morreram. Cerca de 43.000 desenvolveram doenças cardiovasculares e 30.000 foram diagnosticados com arritmia – um batimento cardíaco irregular.
Além disso, o estudo concluiu que todos os tipos de café foram associados a uma redução na mortalidade precoce por todas as causas. Aqueles que bebiam café moído eram 27% menos propensos a morrer cedo do que os que não bebiam café.
Enquanto isso, os apreciadores dos descafeinados tiveram um risco reduzido de 14% e o instantâneo foi associado a uma queda de 11%.
Em uma análise mais ampla, concluiu-se que todos aqueles que bebiam café tinham um risco reduzido de doenças cardíacas, ataques cardíacos e derrames.
Por que o café evita a morte precoce?
Estudos recentes sobre o tema mostram que os grãos de café contêm mais de 100 compostos biologicamente ativos que devem explicar as descobertas. Por isso alguns contribuem para a redução da inflamação, enquanto outros melhoram a sensibilidade à insulina e aumentam o metabolismo.
Por isso, o consumo do café pode representar uma série de benefícios, conclui o professor Peter Kistler, cardiologista e principal autor do estudo. "Os resultados sugerem que a ingestão leve a moderada de café moído, instantâneo e descafeinado deve ser considerada parte de um estilo de vida saudável".
Catraca Livre