No último sábado (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou críticas ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Em seu pronunciamento, ele reiterou a necessidade de uma ampla reforma na ONU, alegando que o órgão não promove a paz, mas sim conflitos. Lula argumentou que a ONU está enfraquecida e instou por uma maior representatividade das nações emergentes.
"A ONU de 2023 está longe de ter a mesma credibilidade de 1945. O Conselho de Segurança, que deveria ser a segurança da paz e da tranquilidade, é o Conselho de Segurança que faz a guerra sem conversar com ninguém", disse Lula.
"A Rússia vai para a Ucrânia sem discutir no Conselho de Segurança. Os Estados Unidos vão para o Iraque sem discutir no Conselho de Segurança. A França e a Inglaterra vão invadir a Líbia sem passar pelo do Conselho de Segurança. Ou seja, quem faz a guerra são os países do Conselho de Segurança, quem produz armas são os países do Conselho de Segurança, quem vende armas os países do Conselho de Segurança. Está errado", complementou Lula.
O Conselho de Segurança da ONU foi estabelecido para garantir a paz global, composto por 15 membros, sendo cinco permanentes (China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia) e dez não permanentes. Lula advoga pela inclusão do Brasil e de nações em desenvolvimento da América Latina, África e Ásia.
Durante os dias 22 a 24 de agosto, o presidente se reuniu com os líderes do Brics — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Ao término das deliberações, os membros do bloco emitiram uma declaração conjunta, demandando uma reforma no Conselho de Segurança da ONU.
Gazeta Brasil