Na luta contra o câncer, cientistas da Universidade de Temple, na Filadélfia (EUA), apresentaram novos avanços em um estudo. Segundo a pesquisa, a cúrcuma, uma variedade de açafrão, tem o potencial de interromper o crescimento de tumores.
A pesquisa aponta que a cúrcuma possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, que podem ser benéficas para pacientes com câncer de mama, pulmão e estômago.
Benefícios da cúrcuma
Analisando mais de 5 mil artigos acadêmicos desde 1924, o estudo documentou o uso deste tempero no tratamento do câncer, atestando sua eficácia também contra o câncer de sangue, pâncreas, intestino, medula óssea e próstata.
Os pesquisadores defendem que a cúrcuma possui uma ação anti-cancerígena e pode ser utilizada isoladamente ou em combinação com outros medicamentos.
Para a revista Nutrients, os autores do estudo disseram que a cúrcuma ganhou destaque global devido à sua atividade biológica (antioxidante, anti-inflamatória, antimicrobiana, antiviral), especialmente seu potencial contra o câncer que ainda está sendo investigado.
Como a cúrcuma age contra o câncer?
Os estudos sugerem que a cúrcuma impede o fornecimento de nutrientes aos tumores e bloqueia a emissão de proteínas nocivas pelas células cancerígenas. Contudo, algumas pesquisas também destacam possíveis efeitos adversos da cúrcuma, como dores de cabeça, vômitos e diarreia.
Há também o desafio da baixa absorção de curcumina, o principal componente ativo da cúrcuma, pelo corpo humano. Alguns estudos apontam para baixas concentrações ou até mesmo níveis quase indetectáveis no sangue, mesmo quando o paciente está consumindo a substância.
A Cancer Research UK destaca que há algumas evidências de que a curcumina pode matar células cancerígenas, mas não há evidências claras de que pode prevenir ou tratar completamente o câncer. Assim, mais pesquisas são necessárias para confirmar esses achados.
Não despertando alarme, mas reiterando a necessidade da precaução, a Cancer Research UK enfatiza que, embora a cúrcuma seja segura para uso culinário, ainda não se sabe o quão segura ela é para uso médico.
"Você pode prejudicar sua saúde se interromper o tratamento contra o câncer por um tratamento não comprovado", alerta.
Catraca Livre