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PolĂ­tica

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Sejamos sinceros e claros: Lula comete omissão grave e transfere responsabilidade para Bolsonaro na CPMI

Por Redação 19/08/2023 às 07:25:19

Por Arthur Virgílio

Tenho observado, sempre que posso, o desenrolar da CPMI destinada a investigar as badernas do dia 8 de janeiro.

Governo Lula forjou uma maioria, orientando os líderes de sua base a indicar apenas pessoas dóceis ao lulismo e ao "governo" que o Brasil vem experimentando.

Claro que o presidente sabia o que aconteceria, certamente avisado pela ABIN (se não me engano, 33 alertas) e GSI, órgãos que servem para informar, com muita antecipação, qualquer perigo que possa rondar o país.

Fui Ministro-Chefe da Secretaria-Geral da PresidĂȘncia da República e trabalhei, intimamente, com esses serviços de informação.

Repito: Lula sabia de tudo, viajou para Araraquara para fugir da cena das badernas e transferir responsabilidades para seu antecessor
Jair Bolsonaro. Lula foi omisso e mereceria ser investigado e punido por essa grave falta.

A CPI, a meu ver, deveria colocar as cartas na mesa e encerrar suas atividades. O Presidente, equilibrado e cortez, é governista. E a Relatora, sem dúvida, jĂĄ tem seu Relatório pronto. Até imagino qual seja a "piĂšce de résistance": a inculpação mĂĄxima do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Pelo que raciocino, sinto o cheiro de uma série de passos, com o intuito claro de desaguar na prisão do ex-presidente. Plano arquitetado a muitas mãos. Injusto, baixo, mas visivelmente armado e avançando.

A cegueira é tanta, que superaram o constrangimento de primeiro ter o "culpado"
e, depois, buscar "fatos" e "razões" que justifiquem a trama. Ódio, rancor, vingança absurda e abjeta.

Mas é o que desejam, com o que tĂȘm de pior dentro deles, os atuais "donos do poder".
Não pensam na vítima que criarão, na impossibilidade de ter paz no país, que poderĂĄ ficar, irremediavelmente, dividido.

Não pensam na grave crise econômica que se desenha e que necessitaria de uma nação unida e impossibilitando um enfrentamento de todos, contra adversidades que trarão desemprego, angústia, inflação, déficits crônicos, muita dor!

Não pensam no radicalismo político que certamente surgirĂĄ e que em nada servirĂĄ ao nosso povo. O ódio adoece e jĂĄ adoeceu pessoas relevantes deste país.

Mas a verdade é uma só: estĂĄ em marcha batida a determinação de fazerem Jair Bolsonaro experimentar, não sei por quanto tempo, a prisão.

Aguardemos! Vem a minha cabeça o livro da imortal historiadora inglesa Barbara Tuchman, intitulado A MARCHA DA INSENSATEZ.

Essa MARCHA pode ser detida, se a sensatez prevalecer. Se for o contrĂĄrio, esperemos o imponderĂĄvel e lembremos sempre aos que "marcham", que Tuchman lembra que, SEMPRE, o resultado é dolorosamente desfavorĂĄvel à insensatez.

Que Deus proteja este país, sua gente, ilumine os da escuridão e ensine amor e generosidade a quem só aprendeu a odiar e a optar por estradas mesquinhas.

Sobre o autor
Diplomata, foi por 20 anos deputado federal e senador, líder por duas vezes do governo Fernando Henrique, ministro-chefe da Secretaria-Geral da PresidĂȘncia, líder das oposições no Senado por oito anos seguidos e trĂȘs vezes prefeito de Manaus a capital do Amazonas

Instagram: @arthurvirgilionetoam
Twitter: @Arthurvneto

Fonte: Gazeta Brasil

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