Por Arthur Virgílio
Tenho observado, sempre que posso, o desenrolar da CPMI destinada a investigar as badernas do dia 8 de janeiro.
Governo Lula forjou uma maioria, orientando os líderes de sua base a indicar apenas pessoas dóceis ao lulismo e ao "governo" que o Brasil vem experimentando.
Claro que o presidente sabia o que aconteceria, certamente avisado pela ABIN (se não me engano, 33 alertas) e GSI, órgãos que servem para informar, com muita antecipação, qualquer perigo que possa rondar o país.
Fui Ministro-Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República e trabalhei, intimamente, com esses serviços de informação.
Repito: Lula sabia de tudo, viajou para Araraquara para fugir da cena das badernas e transferir responsabilidades para seu antecessor
Jair Bolsonaro. Lula foi omisso e mereceria ser investigado e punido por essa grave falta.
A CPI, a meu ver, deveria colocar as cartas na mesa e encerrar suas atividades. O Presidente, equilibrado e cortez, é governista. E a Relatora, sem dúvida, já tem seu Relatório pronto. Até imagino qual seja a "pièce de résistance": a inculpação máxima do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Pelo que raciocino, sinto o cheiro de uma série de passos, com o intuito claro de desaguar na prisão do ex-presidente. Plano arquitetado a muitas mãos. Injusto, baixo, mas visivelmente armado e avançando.
A cegueira é tanta, que superaram o constrangimento de primeiro ter o "culpado"
e, depois, buscar "fatos" e "razões" que justifiquem a trama. Ódio, rancor, vingança absurda e abjeta.
Mas é o que desejam, com o que têm de pior dentro deles, os atuais "donos do poder".
Não pensam na vítima que criarão, na impossibilidade de ter paz no país, que poderá ficar, irremediavelmente, dividido.
Não pensam na grave crise econômica que se desenha e que necessitaria de uma nação unida e impossibilitando um enfrentamento de todos, contra adversidades que trarão desemprego, angústia, inflação, déficits crônicos, muita dor!
Não pensam no radicalismo político que certamente surgirá e que em nada servirá ao nosso povo. O ódio adoece e já adoeceu pessoas relevantes deste país.
Mas a verdade é uma só: está em marcha batida a determinação de fazerem Jair Bolsonaro experimentar, não sei por quanto tempo, a prisão.
Aguardemos! Vem a minha cabeça o livro da imortal historiadora inglesa Barbara Tuchman, intitulado A MARCHA DA INSENSATEZ.
Essa MARCHA pode ser detida, se a sensatez prevalecer. Se for o contrário, esperemos o imponderável e lembremos sempre aos que "marcham", que Tuchman lembra que, SEMPRE, o resultado é dolorosamente desfavorável à insensatez.
Que Deus proteja este país, sua gente, ilumine os da escuridão e ensine amor e generosidade a quem só aprendeu a odiar e a optar por estradas mesquinhas.
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Gazeta Brasil