O torcedor do Flamengo Jonathan Messias Santos da Silva prestou depoimento no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) na tarde desta terça-feira (8). Ele é suspeito de ter matado a palmeirense Gabriela Anelli, de 23 anos, com uma garrafa de vidro durante uma confusão entre torcedores dos dois clubes antes de uma partida no Allianz Parque, em São Paulo, em 8 de julho.
Jonathan foi interrogado por cerca de duas horas e preferiu ficar em silêncio. Ele está detido temporariamente desde o dia 25 de julho e a prisão tem validade de 30 dias. A polícia pretende pedir a prisão preventiva nos próximos dias.
O advogado de Jonathan, José Victor Moraes, contestou o laudo da Polícia Técnica e da Polícia Civil que aponta o torcedor como o autor do crime. Ele afirmou que os vídeos usados pela polícia para acusar Jonathan foram editados e que não há provas concretas que o liguem à morte de Gabriela Anelli.
Moraes também disse que Jonathan é "inocente e trabalhador", além de não ter antecedentes criminais. O advogado ainda comentou que seu cliente, professor público que foi afastado pela Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, está abatido e que a alegação é descabida.
A Polícia Civil afirmou que Jonathan apareceu em vídeos arremessando uma garrafa de vidro durante a confusão entre torcedores de Flamengo e Palmeiras. O episódio ocorreu antes do início da partida entre as duas equipes, disputada em 8 de julho.
As câmeras de segurança e o sistema de biometria facial do Allianz Parque foram importantes para a prisão do suspeito. Ivalda Aleixo, chefe do DHPP, disse que "foi possível identificar a pessoa, que era um homem com barba" após ele entrar no estádio.
A confusão que vitimou Gabriella Anelli se deu na rua Padre Antônio Tomás, na divisão da torcida visitante, no entorno do Allianz Parque. Ela foi encaminhada ao Pronto Socorro da Santa Casa após ser atingida por estilhaços e passou por cirurgia, mas teve duas paradas cardíacas e morreu no dia 10.
Gazeta Brasil