A fabricante de armas Taurus, de São Leopoldo, demitiu cerca de 100 funcionários na terça-feira (25), na segunda leva de demissões em massa da empresa – em fevereiro, 230 colaboradores foram dispensados.
O CEO da empresa, Salesio Nuhs, não descarta novos desligamentos e culpa o decreto emitido pelo Governo Federal na última sexta-feira (21), restringido o acesso à armas de fogo. Para Nuhs, o decreto elimina diretos consolidados desde 2005.
"Teve um decreto no início do ano e agora veio este segundo ainda mais restritivo", observa. "Somos uma indústria. Geramos empregos que sustentam famílias e a ideologia não considera isso", declarou Nuhs ao Zero Hora. Ele afirma que tem tratado do assunto com governos a nível municipal, estadual e federal.
Com o ajuste a empresa passa a contar, em São Leopoldo, com 2.750 funcionários.
A Taurus não trabalha com estoque -a produção é somente para atender pedidos consolidados. Hoje, a empresa exporta aproximadamente 90% da produção, estimada em 4.700 armas por dia.
Além da fábrica em São Leopoldo, a Taurus também tem unidades na Georgia (EUA) e em Hisar (Índia).
A estrutura da fábrica de armas JHind Taurus India Private Limited, da joint venture da Taurus com o Jindal Group, já foi concluída e está pronta para começar a operar.
Os Estados Unidos continuam sendo o principal comprador de armas do Brasil.
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