O servidor aposentado da Caixa Econômica alvo de operação da Polícia Federal, nesta terça-feira (25), lavava dinheiro com compra de gado, propriedades rurais, além de transferências para laranjas e familiares. É o que aponta a investigação da delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros da PF.
De acordo com o chefe da delegacia, Derly Brasileiro, o funcionário teria causado prejuízos financeiros à instituição bancária de quase R$ 9 milhões, mas que ao final da investigação pode chegar a R$ 23 milhões.
O dinheiro, movimentado de forma irregular pelo servidor, deveria ser destinado à Receita Federal e ou para o INSS. Os recursos, no entanto, eram depositados em contas que ele mesmo criava e que posteriormente seriam movimentados em benefício próprio.
"Ele depositava em contas que ele mesmo criava. Contas irregulares. Ele fazia a movimentação própria como se fosse dele. Pagando boletos, contas, transferindo para parentes, transferindo para laranjas", disse Derly Brasileiro.
Dentre as formas de lavar o dinheiro da Caixa Econômica, segundo a investigação, se destacavam as aplicações em atividades rurais, como compra de fazendas e cabeças de gado.
Para isso, de acordo com a PF, o servidor da Caixa transferia a conta para parentes e laranjas, que faziam a aquisição dos imóveis e demais bens.
"Casas, propriedades rurais, fazendas, as buscas são elementos para trazer para a investigação mais provas. Procuramos obter mais provas para o convencimento da existência e materialidade do crime. Temos várias informações de caráter financeiro de destinação desses valores para pessoas ligadas a ele. Todas essas pessoas responderão perante à justiça federal", completou.
A Polícia Federal solicitou a prisão preventiva do servidor aposentado, mas foi negada pela justiça federal. Sendo assim, ele deve responder o processo em liberdade.