Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Rússia ameaça

Rússia ameaça segurança alimentar global com retirada de acordo de grãos, diz ONU

Pessoas assintomáticas para Covid-19 podem ter uma variação genética específica que ajuda suas células T a reconhecer e eliminar o vírus


A Organização das Nações Unidas (ONU) acusou a Rússia de colocar em risco a segurança alimentar mundial, principalmente nos países em desenvolvimento, depois que Moscou optou unilateralmente por sair do acordo de grãos do Mar Negro em vez de renová-lo nesta segunda-feira (18).

"O acordo de grãos chegou ao fim de fato hoje", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

A decisão da Rússia foi tomada após a falta de cumprimento das exigências russas, que incluíam o fim das restrições às exportações de grãos e fertilizantes russos e a retirada de tropas da Ucrânia.

"A nova onda de ataques contra portos ucranianos pode ter um grande impacto na segurança alimentar global, especialmente nos países em desenvolvimento", afirmou Rosemary DiCarlo, chefe de Assuntos Políticos das Nações Unidas, acrescentando que os ataques a "portos cruciais" e navios na Ucrânia constituem uma forma de "ameaça inaceitável" que só agravará a crise.

O acordo alcançado há um ano, em julho de 2022, graças à mediação da Turquia, permitiu que Kiev continuasse enviando grãos. Assim, cerca de 33 milhões de toneladas métricas de milho, trigo e outros cereais chegaram a seus destinos desde então.

Como resultado, não apenas o fluxo de alimentos em várias regiões permaneceu constante, mas também o preço desses produtos pôde ser reduzido em mais de 20%.

No entanto, a saída da Rússia coloca essa situação em risco e ameaça um retorno à situação do início de 2022, quando o conflito bélico estava em seus primeiros meses.

"Os acontecimentos da última semana são apenas os últimos desenvolvimentos na guerra sem sentido da Federação Russa contra seu vizinho, uma guerra cujas consequências são sentidas ao redor do mundo", acrescentou DiCarlo.

O chefe humanitário da Organização, Martin Griffiths, apoiou essas declarações e enfatizou que a África e o Oriente Médio serão os mais afetados por essa situação, pois "os preços globais dos grãos dispararam", representando uma ameaça ao "progresso alcançado no último ano, à medida que os mercados se estabilizaram".

A recusa russa foi "extremamente decepcionante" e os recentes acontecimentos "foram alarmantes (…). Isso pode levar milhões de pessoas à fome, trata-se do futuro de famílias, crianças. Eles estão preocupados, é uma ameaça para o futuro", enfatizou ele.

Os grãos, como trigo e milho, são produtos básicos dos quais grande parte do mundo depende e que as famílias não podem deixar de consumir, muitas vezes tendo que destinar a maior parte de seus rendimentos para comprá-los.

Longe de reconhecer essas acusações, o Kremlin permaneceu firme em suas exigências ao Ocidente pelo fim das restrições aos pagamentos, logística e seguros de seus envios de alimentos e fertilizantes para o exterior e intensificou sua oferta ao manifestar disposição para fornecer grãos gratuitamente a países africanos.

Essa proposta, no entanto, faz parte da estratégia de Putin desde o início de sua ofensiva, buscando evitar que o impacto internacional do conflito o leve a perder o apoio do sul global – uma região chave para seus planos e manobras.

Gazeta Brasil

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!