Nos seis primeiros meses deste ano, João Pessoa registrou 1.271 atendimentos a pessoas vítimas de picadas de escorpiões. Os casos de acidentes com a espécie são encaminhados para o Hospital Universitário Lauro Wanderley, o HU, da UFPB (Universidade Federal da Paraíba). Em média, a unidade de saúde recebe, por dia, sete pacientes feridos pelo animal.
Luiz Carlos Costa, coordenador adjunto do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) e Farmacêutico, alerta que só no mês de junho, a unidade atendeu 221 ocorrências. O número só foi menor que nos meses de maio e março. Para o especialista em saúde pública, "o período chuvoso aumenta aproximadamente em média 10% do número de casos. Uma vez que o escorpião se abriga e, quando para de chover, sai em busca dos alimentos, por isso ocorrem mais acidentes", afirmou ao Portal T5.
Confira os números de atedimento em João Pessoa, neste ano:
Janeiro - 176 casos
Fevereiro - 205 casos
Março - 227 casos
Abril - 203 casos
Maior- 239 casos
Junho - 221 casos
Média do semestre: 211 casos
Comparado aos últimos anos, a tendência é de estabilidade nos registros. Em 2020 foram 2.421 casos, média de 202; 2021 teve 2.557 ocorrências, média de 123; e 2022 contou com 2.360 casos, média de 197.
Cuidados são necessários para evitar o surgimento dos escorpiões. As medidas vão desde a redução dos entulhos, lixo e sujeira. Distância e cuidado com áreas úmidas após chuvas também são importantes.
Fui picado por um escorpião, o que devo fazer?
O Hospital Universitário de João Pessoa recebe pacientes em caráter de urgência caso o incidente envolve escorpiões, aranhas e serpentes a qualquer hora, 24 horas por dia, sete dias por semana.
"Se foi picado por escorpiões, serpente ou aranha, pode se encaminhar ao HU. Não precisa ligar. Pode ir a qualquer hora seja finais de semana, feriados ou qualquer dia". Ele ainda completou que "quem tiver incidentes que não envolvam com escorpiões, serpentes e aranhas, deve ir para hospitais de urgência e emergência, como o Trauma, por exemplo", finalizou.
Devo lavar a área com sabão?
Segundo o especialista, não é recomendado passar nada no local, apenas lavar com água e sabão. Deve-se conduzir a vítima o mais rápido para o hospital.
Onde buscar informações?
Vinculado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e à Associação Brasileira de Centros de Informação Toxicológica (ABRACIT), o Ciatox integra o Departamento de Ciências Farmacêuticas (DCF) da UFPB. Ele funciona no Centro de Ciências da Saúde (CCS) e atende em plantão permanente pelos números 3216-7007 e 3224-6688, e pelo 0800 722 600 (nacional).
Portal T5