Durante uma visita oficial a Moscou, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a responsabilizar o governo de Jair Bolsonaro (PL) pelo esquema bilionário de fraudes no INSS, que desviou recursos destinados a aposentados e pensionistas.
Apesar das acusações contundentes, Lula evitou comentar o fato de que, sob sua própria gestão, o esquema não apenas continuou, como também se expandiu de forma alarmante. Atualmente, o número de vítimas já chega a 6 milhões, com um prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões.
"Devolver ou não vai depender de você constatar a quantidade de pessoas enganadas", declarou Lula, sem apresentar qualquer prazo para o ressarcimento dos valores.
Mesmo diante da ampla divulgação do problema, os descontos irregulares só foram oficialmente suspensos em abril de 2025, mais de um ano após o início do atual mandato presidencial.
Ainda assim, Lula insiste na narrativa de que a situação é fruto exclusivo de falhas herdadas, ignorando a falta de ações concretas de seu próprio governo para conter a escalada das fraudes.
"Graças a Deus, a CGU e a nossa Polícia Federal conseguiram desmontar uma quadrilha que estava montada desde 2019?, reforçou o presidente, desviando o foco da ausência de medidas efetivas ao longo de sua administração.
Governo Anuncia Demissões, Mas Ressarcimento Continua Sem Prazo
As revelações do escândalo culminaram nas seguintes medidas:
Apesar dessas ações administrativas, o governo ainda não apresentou um calendário oficial para o ressarcimento das vítimas. Lula reforçou que "não tem pressa" para concluir as investigações.
"Nós vamos a fundo para saber quem é quem nesse jogo. E se tinha alguém do governo passado envolvido nisso. É isso que nós vamos fazer. Eu não tenho pressa. O que eu quero é que a gente consiga apurar para apresentar ao povo brasileiro a verdade e somente a verdade."
Logo após conceder a entrevista, Lula embarcou para Pequim, onde será recebido pelo líder chinês Xi Jinping em uma visita oficial de dois dias.
Enquanto o presidente segue em compromissos internacionais, no Brasil, milhões de aposentados seguem sem respostas sobre quando terão seus valores finalmente devolvidos.
Fonte: Agora Notícias Brasil