Em Alagoas, uma reviravolta chocante marcou o caso do desaparecimento de uma recém-nascida. Eduarda, a mãe da bebê, confessou ter causado a morte da própria filha, após apresentar diversas versões contraditórias sobre o ocorrido.
Inicialmente, Eduarda alegou que a filha havia se engasgado durante a amamentação. Posteriormente, mudou a versão, afirmando ter sufocado a bebê com um travesseiro, pois não conseguia acalmá-la. Ela relatou estar exausta por noites sem dormir e perturbada por ruídos vindos de um bar próximo à sua casa.
A falsa denúncia de sequestro da recém-nascida mobilizou moradores e autoridades em Alagoas. Eduarda chegou a inventar que quatro homens armados teriam sequestrado a criança em um ponto de ônibus na BR-101. No entanto, a versão foi desmentida por imagens de câmeras de segurança e depoimentos.
As buscas pela bebê envolveram drones, cães farejadores e o Corpo de Bombeiros, que inspecionaram diversos locais até encontrarem o corpo. Um homem chegou a ser preso em Pernambuco, suspeito de envolvimento no suposto sequestro, mas foi liberado após comprovação de que não tinha ligação com o caso.
A defesa de Eduarda, representada pelo advogado José Wellington de Oliveira, informou que ela confessou o crime ao ser confrontada com as inconsistências em seus depoimentos. Segundo a Polícia Civil, o laudo da necropsia deverá confirmar a causa da morte e determinar se Eduarda responderá por infanticídio.
"O estado de abalo emocional pode configurar infanticídio, mas ainda não podemos confirmar. Ela apresentou múltiplas versões, o que nos faz tratar tudo com cautela." disse o delegado Igor Diego, da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco).
Durante a manhã desta terça-feira, Eduarda passou mal e foi levada a uma unidade de saúde municipal. Por questões de segurança, ela foi transferida para o Centro Integrado de Segurança Pública e, posteriormente, encaminhada a Maceió, onde permanecerá detida.
O advogado de defesa alega que sua cliente apresenta sinais de depressão pós-parto e que não se alimentava ou bebia água desde o início do caso, necessitando de medicação antidepressiva. O caso continua sob investigação para determinar as circunstâncias exatas da morte e a responsabilidade da mãe.
Este caso demonstra o quão devastador pode ser o efeito da depressão pós-parto. É crucial que as autoridades e a sociedade ofereçam suporte e assistência adequados às mães que enfrentam essa condição. A saúde mental materna deve ser tratada com a seriedade que merece, garantindo que tragédias como essa sejam evitadas no futuro.
*Reportagem produzida com auxílio de IA