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YouTube também dispara sobre o Projeto da Censura: "Quem perde é a liberdade de expressão"


Foto: Reprodução/Pexels.

O YouTube reforçou sua posição contra o Projeto da Censura (PL 2630/2020). De acordo com a plataforma de vídeos, a proposta visa agir contra os produtores de conteúdo do país.

"Serviços como o YouTube serão incentivados a remover conteúdo de forma agressiva por medo de serem responsabilizados", avalia a empresa, que é controlada pelo Google. "Nesse cenário, quem perde é a liberdade de expressão: milhões de criadores no Brasil que vêm ao YouTube todos os dias para expressar suas ideias e participar de debates importantes podem ter suas opiniões removidas da plataforma."

Temendo o futuro da liberdade de expressão no Brasil caso o Projeto da Censura seja aprovado, a direção do YouTube no país lista, por meio de seu blog oficial, suas "três principais preocupações".

De acordo com a plataforma audiovisual, o PL terá potencial de:

  1. Criar exceções para a aplicação das nossas políticas, gerando desigualdades entre os criadores;
  2. Dar ao governo poder para controlar os aspectos centrais da plataforma sem um conjunto claro de regras; e
  3. Forçar o YouTube a remover grande quantidade de conteúdo legítimo para evitar ser soterrado por ações judiciais.

Mais do que listar alguns dos problemas do Projeto da Censura, a rede social de vídeos informa estar "trabalhando junto aos legisladores para demonstrar como existem questões que ainda precisam ser discutidas junto à sociedade antes de levar o PL 2630/20 para votação na Câmara dos Deputados".

Projeto da Censura na Câmara

Congresso Brasileiro | Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

Aprovado pelo Senado em 2020, o Projeto da Censura deve ser votado pelo plenário da Câmara dos Deputados na próxima terça-feira, 2. Em caso de aprovação, ele será novamente avaliado pelos senadores — isso porque teve alterações no texto.

Na Câmara, o projeto será votado depois que a maioria dos deputados validou pedido de urgência na terça-feira 25. Detalhe: a urgência foi aprovada dias antes de o relator da proposta, o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) apresentar a versão final do texto.


Créditos: Revista Oeste.

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