O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou confiança na aprovação pelo Congresso Nacional do projeto que visa isentar do Imposto de Renda (IR) trabalhadores que recebem até R$ 5 mil. A declaração foi feita durante sua participação no podcast Inteligência Ltda.
Contudo, Haddad antecipa um debate acalorado sobre a compensação da isenção, um ponto crucial para a sustentabilidade da medida.
"A dificuldade é fazer quem não paga pagar para compensar, que é a contrapartida." disse Haddad.
O ministro enfatizou a importância do debate público para o aprimoramento da proposta. A expectativa é que a discussão se concentre em quem arcará com os custos da isenção, buscando evitar que o benefício seja concedido sem a devida compensação.
"Nós vamos ter alguns meses de debate, o que é ótimo. Quanto mais se debater, quanto mais a sociedade estiver envolvida, melhor. Vai ser muito difícil um deputado se manifestar contra a isenção. Então qual vai ser o debate real? A compensação, quem paga. O que a gente combinou, que não pode acontecer, é dar o benefício sem compensação", acrescentou o ministro.
O governo Lula estima que mais de dez milhões de brasileiros serão beneficiados com a medida, que já foi encaminhada ao Congresso Nacional. A proposta busca ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda.
A isenção, caso aprovada, deverá gerar uma renúncia fiscal de R$ 25,8 bilhões, que o governo pretende financiar através da taxação de 141,3 mil contribuintes que ganham acima de R$ 50 mil mensais, representando 0,13% dos contribuintes do país. A expectativa é que a medida entre em vigor a partir de 2026.
Enquanto a esquerda tenta emplacar mais essa medida populista, resta saber se o Congresso terá a sabedoria de debater a proposta de forma a não onerar ainda mais os pagadores de impostos e a classe média.
*Reportagem produzida com auxílio de IA