A recente declaração do presidente Lula sobre a escolha da nova ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, desencadeou uma onda de críticas e debates acalorados nas redes sociais, principalmente por parte de figuras ligadas ao ex-presidente Bolsonaro.

Lula afirmou ter escolhido uma "mulher bonita" para a articulação política, buscando uma boa relação com o Congresso Nacional. A fala ocorreu durante um evento no Palácio do Planalto, na quarta-feira, 12 de março de 2025.

O deputado federal Nikolas Ferreira, do PL-MG, usou seu perfil no X (antigo Twitter) para ironizar a situação, antecipando que as feministas teriam dificuldades em justificar ou minimizar a declaração, utilizando a expressão "vai faltar pano".

Gustavo Gayer, também deputado federal pelo PL-GO, publicou uma foto de Gleisi Hoffmann em um momento casual, com o objetivo de ridicularizar a aparência da ministra. O parlamentar questionou ainda Lindbergh Farias, namorado de Gleisi, sobre sua reação à fala do presidente.

"Lula acaba de declarar guerra contra o Congresso", escreveu Gayer, em tom de deboche.

A deputada Carla Zambelli (PL-SP) também se manifestou, fazendo um apelo às feministas e acusando Lula de misoginia, argumentando que Gleisi Hoffmann não se ofenderia por vir de seu "mestre".

"Lula ataca sua própria ministra com uma fala misógina, dias após o Dia Internacional da Mulher. Qual o espanto? Ele sempre fez isso", questionou Zambelli.

Carlos Jordy (PL-RJ) também utilizou o termo "misoginia" para criticar o presidente, enquanto Luciano Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara, lamentou a redução da mulher à sua aparência física em vez de valorizar sua competência profissional.

Em contrapartida, Gleisi Hoffmann saiu em defesa de Lula, criticando os ataques bolsonaristas e relembrando declarações machistas de Bolsonaro no passado. O caso mais notório foi quando Bolsonaro afirmou que não estupraria Maria do Rosário "porque ela não merece".

A declaração de Lula reacendeu o debate sobre machismo na política, gerando críticas e defesas apaixonadas nas redes sociais e no meio político. O episódio também serviu para reacender discussões sobre o passado de Bolsonaro, conhecido por declarações controversas sobre mulheres.

*Reportagem produzida com auxílio de IA