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Posse de Maduro e a Comitiva do PT: Reações e implicações no cenário internacional

Por Blog do Elias Hacker 12/01/2025 às 17:09:47

Nicolás Maduro foi empossado como presidente da Venezuela para um terceiro mandato em uma cerimônia realizada em 10 de janeiro de 2025, na Assembleia Nacional em Caracas. O evento ocorreu em meio a um clima de tensão política e contestações sobre a legitimidade do processo eleitoral que o levou de volta ao poder.

Cerimônia de Posse
Durante a cerimônia, Maduro declarou que "ninguém impõe um presidente à Venezuela", desafiando as críticas internacionais e as alegações de fraude nas eleições. Ele afirmou que sua posse representa uma vitória da democracia venezuelana, apesar das pressões externas e dos protestos da oposição. O presidente também fez piadas sobre a ausência do candidato opositor Edmundo González, que se exilou na Espanha e prometeu retornar para contestar a posse.

A cerimônia incluiu o juramento de Maduro e um discurso em que ele anunciou planos para uma reforma constitucional, visando atualizar a Constituição Bolivariana de 1999 para enfrentar novas ameaças tecnológicas. Maduro enfatizou a necessidade de incluir diversos setores da sociedade na discussão sobre as mudanças constitucionais.

Controvérsias Eleitorais
As eleições presidenciais, realizadas em julho de 2024, foram marcadas por uma série de irregularidades, segundo observadores internacionais e a oposição. O Conselho Nacional Eleitoral proclamou Maduro vencedor com pouco mais de 50% dos votos, enquanto a oposição alegou que González havia vencido com uma margem significativa, com base em contagens paralelas. A falta de transparência no processo eleitoral, incluindo a proibição da divulgação das atas eleitorais, alimentou ainda mais as acusações de fraude.

Reações do Governo Brasileiro
O governo brasileiro, embora tenha decidido não enviar representantes de alto escalão, enviou a embaixadora brasileira em Caracas, Gilvânia Maria de Oliveira, para a cerimônia. Essa decisão foi interpretada como um sinal de que Lula reconhece o poder "de fato" de Maduro, apesar de contestar a legitimidade do pleito.

A ideia do Planalto foi enviar a Caracas o recado de que mantém uma relação diplomática fria com o governo venezuelano. No entanto, a presença da embaixadora é vista como um gesto de reconhecimento da autoridade de Maduro.

Lula participou de uma aliança internacional que pressionou Maduro para que ele divulgasse as atas eleitorais. O regime chavista recusou a publicidade aos documentos e disparou ataques ao governo brasileiro.

A oposição ao PT criticou a decisão de enviar representantes à posse, argumentando que isso legitima um governo questionado internacionalmente.

Reações Internacionais
A posse de Maduro gerou reações negativas no cenário internacional. Vários países, incluindo os Estados Unidos e membros da União Europeia, não reconheceram os resultados das eleições e criticaram abertamente o regime venezuelano. O governo brasileiro, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também se posicionou cautelosamente, não reconhecendo oficialmente a vitória de Maduro nem a da oposição.
Além disso, no dia da posse, a Venezuela fechou sua fronteira com o Brasil, uma medida que foi interpretada como parte das tensões políticas em curso.

Maduro se torna o presidente mais longevo da história da Venezuela. Se completar seu mandato até 2031, terá governado por 18 anos. A situação política na Venezuela continua instável, com um cenário marcado por disputas internas e pressões externas que desafiam a legitimidade do governo chavista. A resposta da comunidade internacional e as reações da oposição serão cruciais para determinar os próximos passos no país.

Fonte: Agora Notícias Brasil

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