O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo (SJSP) relatou na última quinta-feira (15) que recebeu queixas de jornalistas da CNN Brasil alegando pressões editoriais e interferências empresariais em seu trabalho jornalístico. Alguns profissionais afirmaram ter sido demitidos após a publicação de reportagens que teriam contrariado figuras influentes dos três poderes. Em resposta, a CNN Brasil insistiu em sua aderência a "as mais rígidas condutas da ética jornalística".
A empresa também enfatizou ao Notícias da TV que segue rigorosamente as diretrizes globais da CNN internacional e está pronta para dialogar com o sindicato. "O respeito inegociável a estas diretrizes e às boas práticas de jornalismo pautam a atuação da CNN Brasil", respondeu a emissora em comunicado.
De acordo com as queixas apresentadas ao SJSP, a posse de João Camargo como presidente do grupo está associada a "tentativas inaceitáveis de interferência empresarial no trabalho jornalístico" na emissora.
Um dos incidentes mais significativos ocorreu em 1º de junho, quando o programa CNN 360 reportou a descoberta de um cofre contendo R$ 4 milhões na casa de um ex-assessor do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, durante uma operação da Polícia Federal. A emissora emitiu uma retratação após a PF corrigir a informação inicial. A direção da CNN Brasil, segundo as denúncias, pressionou os jornalistas para revelar a fonte dessa informação. O SJSP condenou este ato como uma tentativa de quebrar o sigilo de fontes, um princípio fundamental no jornalismo.
Fonte: Hora Brasilia