Brasília, 6 de janeiro de 2025 – O ministro de Assuntos da Diáspora e Combate ao Antissemitismo de Israel, Amichai Chikli, enviou uma carta ao deputado federal Eduardo Bolsonaro, na qual expressa sua indignação em relação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A crítica se concentra em uma investigação conduzida pela Justiça brasileira contra o soldado israelense Yuval Vagdani, acusado de crimes de guerra na Faixa de Gaza.
A investigação foi solicitada pela Fundação Hind Rajab (HRF), uma ONG que atua em defesa dos direitos humanos e que tem sido alvo de controvérsias devido às suas posições políticas. Na carta, Chikli descreve a decisão judicial como uma "desgraça para o governo brasileiro" e argumenta que o Judiciário, com o apoio do presidente Lula, estaria permitindo a perseguição a israelenses por meio da acolhida a grupos considerados extremistas.
Chikli não hesitou em caracterizar os líderes da HRF como apoiadores do Hamas e do Hezbollah, enfatizando que a divulgação dos dados pessoais do soldado representa uma tentativa clara de perseguição. "Apoiar aqueles que combatem o terrorismo é uma postura moral inegociável", afirmou o ministro em sua correspondência.
O ministro também fez um apelo a Eduardo Bolsonaro para que ele se posicione contra essa situação, destacando a importância da solidariedade entre os países na luta contra o terrorismo. "O povo brasileiro é visto como um aliado na luta global contra o terrorismo", concluiu Chikli.
Até o momento, o governo brasileiro não divulgou uma resposta oficial às críticas do ministro israelense. A situação levanta questões sobre as relações entre Brasil e Israel, especialmente em um contexto global onde as tensões geopolíticas estão em alta.
A investigação e suas repercussões podem impactar não apenas as relações bilaterais, mas também a percepção pública sobre os direitos humanos e a atuação das ONGs no Brasil. A continuidade desse caso será observada atentamente por analistas políticos e pela comunidade internacional.
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